quarta-feira, 27 de outubro de 2010

FALANDO DE IMPREVISTOS, FICA TUDO VISTO!

Falei ontem com a tia.

Põe reservas em deixar vir A MINHA FILHA por aí sózinha, com todas as manifestações e greves de tem havido por aqui...

Diz que não se pode responsabilizar por ela. Ela, A MINHA FILHA.

Eu assegurei-a de que viria a cargo de uma hospedeira, que dela se responsabilizaria até ao momento em que ma entregasse. Que eu estaria à espera dela no aeroporto.

Mas, dizia-me, e se acontece um imprevisto, e tu não chegas ao aeroporto? Há coisas que tu deves ter em conta! Pensa bem!
Se a vieres buscar, aí sim.

Bem visto, sim senhor!!!

Se cada um de nós pensar nos imprevistos que, imprevistamente, podem suceder, nem sequer põe o pé fora de casa! Isso disse-lhe eu.

Se a minha madrinha, que era quem cuidava de mim, andasse ali a pensar nos imprevistos, eu -que era mais nova do que A MINHA FILHA, e vim sózinha de avião, a cargo de uma hospedeira- nunca teria chegado ao Açores!

E agora, pensando bem, se eu a for buscar (sinceramente não vejo a diferença... a menos que receie uma manifestação ou qualquer outro imprevisto dentro do avião), em vez de uma viagem de ida e volta passo a pagar três viagens de ida e volta! Isto se a pequenina não tiver de me acompanhhar, o que faz mais uma viagem de ida e volta, a metade do preço!

Será que pensou bem nisso?!
Acaso eu sou rica?!
Se o fosse, ia buscá-la no meu jacto particular.

Disse-me, depois, que pensava trazê-la ela mesma lá para a Páscoa -quando tudo, assim o pensa, terá sossegado -isto, se não houver um imprevisto que nos troque as voltas- mas que, com as coisas que tinha visto, já não sabia o que fazer...
Nada que eu não tivesse previsto, aliás.
.

Se fala das verdades nuas e cruas, só quem é cego é que não as vê.


Se bem que eu fui cega durante muito tempo, pois ignorava os reais motivos que levaram a que me tirassem a minha filha.
Quando, nas vésperas da sentença, fui passar os olhos pelo processo (até ali nunca o havia feito), nem acreditei no que via! Enfim, no que lia. Umas quantas mentiras que não sei de onde vieram, e nem lembra nem mesmo ao Diabo!


Que eu não me esquecesse, assim mo frisou a tia, de que foi ela que trouxe a menina para ver a irmã, dois meses depois desta nascer (estávamos, então, em Portugal).

Eu respondi-lhe, bem à letra, que não fez mais do que a sua obrigação, que até pareceria mal se não o fizesse. Ou esperava que eu fizesse uma viagem de mais de sete horas de autocarro com uma bébé tão pequenina?!
Quem se responsabilizaria? Ela?

Insistiu que ma trouxe nessa altura, porque assim o quis. E eu insisti que ela só o fez porque quis parecer bem aos olhos dos outros, nada mais.
É mentira?

No dia em que ela, pela sua própria iniciativa, me entregar A MINHA FILHA, reconhecendo ter agido mal não só para comigo mas também para com ela, aí sim, darei valor. Sou mesmo capaz de a perdoar. Porque eu entendo esse forte impulso de quem não tem filhos de roubar os filhos dos outros. Acontece também nas outras espécies, inclusive entre os primatas.

Perdoar eu posso. Mas esquecer, não.
Não se apagam anos de sofrimento. Deixam marcas.

Ora eu bem sei que ela jamais o fará.
Não terei nenhuma indemnização pelos danos físicos, psicológicos e morais que me foram causados ou, no mínimo, um pedido de desculpas. Nem eu, nem a MINHA FILHA.

De qualquer forma, não há nada que pague os anos que nos roubaram. Não há nada que pague um filho que nos é roubado.

E eu, que sou a Mãe, ficarei, sabe-se lá por quanto tempo, à mercê da sua "generosidade"... e dos tais imprevistos!

A alturas tantas, disse-me que não lhe agradava a minha conversa. E desligou, muito ofendida.


Minha querida, as verdades magoam, mas não ofendem.
As mentiras, sim.

Ai, mulher, se tu ouvisses o que eu ouvi, e passasses o que eu passei...
Só te posso dizer que vejas tu o que vires, ouças tu o que ouvires, e vivas tu o que viveres, jamais sentirás na pele a tamanha injustiça e no teu coração a grande dor que eu senti. Só uma mãe o pode saber, e essa sou eu.



Mas agora que fala em ver coisas, o que vejo eu?!

Então ainda há dias o pai me acusava de fazer as coisas em cima do joelho, primeiro decidindo uma coisa, e depois, em cima da hora, uma outra (coisa que nem foi bem assim), e vêem agora eles emitir uma opinião contrária à que haviam manifestado antes?

Até há bem pouco tempo eles não se opunham a que ela viesse. A tia chegou, inclusive, a sugerir à MINHA FILHA que me convencesse a levá-la à Disneylândia.

Para sua informação, o sonho de a levar à Disneylândia -sonho de todos os pais- já eu o tinha ainda antes de ma ter arrancado dos braços, tinha ela os seus 5 anitos.

A verdade é que, estando ainda nós em Portugal, por duas vezes a tia a quis trazer ela própria, aqui à Disneylândia, e das duas vezes A MINHA FILHA recusou, porque queria estar com a sua mãe e a sua irmã.

Se Deus quiser, se não houver nenhum imprevisto, ela irá comigo e com a irmã, que agora tem 5 anitos. Como eu sempre sonhei.

E por aqui estou, sonhando com dias melhores, e lançando sortes para que não haja muitos imprevistos.


Entretanto, eu vou vendo tudo. E percebendo.
Quem me lê, também.



ASSINA ESTA PETIÇÃO, EM NOME DA MINHA FILHA E DE TODOS OS OUTROS FILHOS ROUBADOS:

http://www.peticaopublica.com/?pi=p2010N3114



Petição PELO DEVER DE PAGAR PENSÃO A QUEM SE COLOCA NO LUGAR DA PROGENITORA
(Uma boa, senão única, forma de travar o roubo dos filhos por quem não é sua mãe! Esta sim, é uma lei que faz todo o sentido! No Superior Interesse da Criança).

RECUSO-ME A SER BARRIGA DE ALUGUER!!!!!!!!!!!!!


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