sábado, 27 de novembro de 2010

PORQUE SOU CONTRA A LEI DA GUARDA COMPARTILHADA

Eis a resposta que eu dei a um senhor que, num outro post, me acusa de ser egocêntrica, de ser anti-pai e de ser "alienadora":

Se quiser conhecer o meu caso, pode sempre ler o meu perfil, ou mesmo alguns dos meus posts.

Eu não anulo a figura do pai. Sou simplesmente contra toda a lei que força um outro pai a agir contra a sua vontade -e, se vir bem, contra os interesses do filho-, sendo que, muitas vezes, esta lei tem levado a casos em que o outro pai é acusado de ter feito o que nunca fez (alienação, fuga, etc), para não falar dos casos que acabam em tragédia (veja um dos meus posts mais recentes)

Tenho-me imformado muito sobre este assunto, aliás. Mas, sobretudo, falo por experiência própria.

Que experiência, há-de perguntar-se o amigo. Muita, como poderá constatar no post que eu irei apresentar amanhã.

De resto, não sei se o caro amigo sabe tudo a propósito de Richard Gardner, e dos pais que ele defendeu. Mas sei eu, que já me informei muito bem. Informe-se também.

Aconselho-lhe a leitura da entrevista feita a Martin Dufresne. Verá que não são palavras minhas, mas de alguém que, um dia, esteve dentro do movimento de pais. Até ao dia em que percebeu aquilo que de facto os movia. Lembro-lhe que não são palavras minhas, mas de um senhor que percebe muito mais do que eu do assunto.

Amanhã eu direi porque não defendo a lei da guarda compartilhada. Ma não entenda que sou anti-pai, porque não o sou. Parece-me que vós pais sofreis de uma qualquer Síndrome de Perseguição.

Defender que um filho deve, salvo excepções, permanecer com a mãe -defesa não só minha, mas de muitos especialistas, caso também esteja bem informado- não significa que sou anti-pai.

Nunca disse que um pai deve desaparecer completamente da vida do filho, antes pelo contrário.

Mas nada obriga a uma mãe permanecer no mesmo lugar, onde, na maior parte das vezes, nem sequer tem família ou amigos.

Penso que um pai não pode ser assim tão egoísta. Nem tratar os outros como se fossem propriedade sua.

Cada caso é um caso, logo todos os casos não podem ser tratados da mesma forma.

No Superior Interesse dos nossos filhos!

Não conheço o seu caso, pelo que não o vou julgar.

Respeitosamente

Sara



O que eu defendo é que cada caso seja tratado de forma especial, nunca todos da mesma forma. E, sobretudo, nunca uma lei deve impôr a guarda compartilhada, contra o desejo de um ou de ambos os pais.

E quanto à decisão de dar a guarda apenas a um deles (a meu ver, o mais certo, sobretudo se existe uma grande tensão entre o ex-casal), penso que se deve ter principalmente em conta a pessoa que surge como figura primária na vida da criança, não outros aspectos como quem tem melhores condições ou mais tempo para se ocupar dela.

Defendo que se ouça a criança.
A sua vontade conta, e deve ser respeitada.




Se assim vos falo, é porque já passei por tudo, ou quase tudo.
Sei que cada um de vós tem a sua experiência, mas não acredito que muitos tenham experimentado o que eu experimentei.



- Vivi, durante algum tempo, num ambiente de tensão e violência;

- Sofri tremendos maus-tratos;

- Passei quase toda a minha vida em instituições;

- Fui separada da família, principalmente dos meus irmãos, aqueles com
quem eu vivera;

- Conheci de perto o mundo do álcool e da droga;

- Sofri uma depressão à conta do sacrifício que eu fiz pelo meu ex, para
não o afastar da filha, permanecendo durante dois longos anos num lugar
onde eu não gostava de viver, não tendo nem amigos nem família por perto
para me dar apoio;

- Fui acusada de ter fugido, quando eles sabiam que eu ia para o meu novo
local de trabalho, sem que o meu ex admitisse que eu precisava de o
fazer, em nome do meu equilíbrio emocional e psíquico, e que a menina
dependia do meu bem-estar;

- Retiraram-me a minha filha com base em falsas suposições, tendo eu
passado um ano infernal, em que fiquei pele e osso e tive de ser por
três vezes internada;

- Refiz a minha vida, e tive outra filha, única irmã da mais velha;

- Estando eu a viver perto do mar, um lugar onde costumo sentir-me bem, o
meu ex deu-me a escolher (ou o mar, ou a minha filha), dando a entender
que para ter mais vezes a minha filha por perto eu teria de suportar
viver onde eu nunca gostei de viver e, lembro, não tenho ninguém;

- Embora a miúda, actualmente com treze anos, queira vir - e assim o fez
saber em tribunal, aos 10 anos- nunca a sua vontade foi respeitada,
sendo que tudo fazem para provar que eles têm melhores condições do que
eu para cuidar dela e a educar;

- Actualmente estou fora do país, o que complica as coisas, apesar de
termos os transportes e os meios de comunicação que temos.



Diante do que eu aqui vos enumero, quem de facto foi egocêntrico e "alienador", eu ou o meu ex?

Quem de facto pensou só em si, pondo em risco a saúde do outro e, consequentemente, o bem-estar da menina?

Revejam o post ELAINE CAMPIONE: EU SUPLIQUEI-TE QUE NOS DEIXASSES IR, MAS TU SÓ TE IMPORTAS CONTIGO!", nesta mesma página, e dizei-me até que ponto pode ir o vosso egoísmo.

Será que a ponto de suceder uma tragédia, como esta?

RECORDANDO O CASO DA MARIA, A "FILHA ROUBADA" (REPORTAGEM DA RTP)

http://ww1.rtp.pt/blogs/programas/linhadafrente/?k=FILHA-ROUBADA.rtp&post=5873
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PETIÇÃO PELA MARIA em http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N2116.
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"O juiz nuno Bravo Negrão tinha 29 anos de idade quando tomou a decisão, alegadamente é pai e tem problemas pessoais de regulação do poder aparental tal como se pode constar na reportagem «FILHA ROUBADA» da RTP-1."
(www.amigos-maria.com)




"O problema é que é o próprio João Vitorino quem confessa a existência de violência. Como é que a juiz Marta Rei vai entregar uma filha a um pai que confessa violência? Acresce que o pai de Maria já tem dois processos em Tribunal por alegadas violências sobre a mãe de Maria."
(www.maria2x.com)


"A Ordem dos Advogados está preocupada com as decisões recentes dos juízes portugueses que contrariam o DIREITO AO AFECTO. São muitos os casos de juízes que decidem contra os interesses das crianças. Lembremos apenas alguns casos (para alem do Caso de Maria): o Caso da Alexandra (a menina russa) o Caso Esmeralda, o Caso do juiz Artur Costa (que atenuou a pena de um abusador, porque a criança, numa das vezes, ejaculou) entre muitos outros casos. Os juizes não devem decidir em conflitos de crianças. É obrigatório desjudicializar está área deixando-a entregue aos pais, advogados, pedopsiquia-tras e psicológos"
(www.3beijos.com)



Eis o que diz Antónia Correia, mãe da Maria:

Eu e a minha filha sempre tivémos uma excelente relação e momentos de grande felicidade.
Como compreenderão o internamento injusto da minha filha causou uma dor brutal.
A minha filha passou horrores por força do internamento decidido pelo juiz Nuno Bravo Negrão, com base num síndrome de alienação parental que a OMS não reconhece como doença. O pai pagou ao psicólogo Eduardo Sá um parecer onde se afirma que a minha filha tem um sindrome de alienação parental.

Agora, ao fim de um ano de internamento no Lar Betânia, a minha filha foi entregue ao pai.
Não percebo porque me foi agora retirada a minha filha.
Foi porque eu a tratei mal? Porque não lhe dei carinho e educação?
Porque o pai se ausentava?
Que culpa tenho eu disso?
Cuidei e amei a minha filha 24 horas por dia todos estes anos.

Sou professora do 1º ciclo em Fronteira. As crianças estão comigo 6 horas todos os dias preparando-se para a vida. Porque razão a minha filha também não pode estar?


Eu também estou no FACEBOOK com o seguinte endereço: http://www.facebook.com/profile.php?id=100000875122028



Eduardo Sá deu um parecer psicológico (com Raquel Vieira da Silva) sobre Maria mas nunca a viu. Afirma poder dar pareceres clínicos sobre crianças sem as ver.


O psicólogo Eduardo Sá assinou o parecer diagnosticando à minha filha um sindrome de alienação parental sem nunca a ter visto.


O psicólogo Eduardo Sá foi contactado pelo pai de Maria telefonicamente para a sua Clínica Bébés e Crescidos, em Coimbra, e aceitou dar o parecer -pedindo ao requerente que enviasse por correio as peças processuais que achasse mais relevantes.

Se ele fosse médico, eu perguntava: como pode um médico fazer um diagnóstico sem ver uma criança?
Alem disso, o sindrome de alienação parental não é reconhecido como doença pela Organização Mundial de Saúde.


Sou professora do primeiro ciclo; muitas crianças passam o dia comigo, eu ensino-as, mimo-as, sou professora há muitos anos. E não percebo porque razão não posso educar agora a minha filha, quando educo as outras crianças. Se eu fiz algum mal, prendam-me a mim, mas deixem a minha filha voltar para onde viveu nos últimos quatro anos de felicidade com os avós e os amigos.

Sabem o que me custou mais? Foi ouvir os meus alunos da idade da minha filha perguntarem-me quando é que a Maria volta para casa em Fronteira... e eu saber agora que o Tribunal lhe fixou outra morada: a morada do pai em Cabeço de Vide.






www.rtp.pt (site da RTP, com a reportagem "FILHA ROUBADA")
www.amigos-maria.com (site onde se fala de uma menina judia)
www. joseramoseramos.com (site do jornalista autor da reportagem)
www.maria2x.com (site de pessoas especiais sobre Maria)
www.oremos-por-maria.com (site católico de apoio a Maria)
www.3beijos.com (site de “pedreiros livres” e “filhos da viúva”)
www.salvemmaria.com (site de amigos de Maria)
http://vozlusitana.spaces.live.com/default.aspx (blog de António Zumaia)

http://portugalnomeumelhor.blogs.sapo.pt/3963.html (blog de Ricardo Barros)


FONTE: http://www.queridafilha.com/



NOTA:
Na minha pesquisa, tentando sempre manter-me BEM INFORMADA, fiquei a saber, com imenso prazer, que não só em Portugal como em alguns outros países, há empenho em denunciar casos como este mostrando, inclusive, o rosto de todos os que estiveram envolvidos em todo o processo.

No SUPERIOR INTERESSE DA CRIANÇA, parece-me bem que assim o façam.

O CASO DA MENINA DE 5 ANOS CUJA GUARDA FOI REVERTIDA A FAVOR DO PAI, VINDO A FALECER POUCO DEPOIS!

É o caso de uma menina de 5 anos que morreu em Agosto passado, vítima de maus-tratos.
A guarda fora revertida em Maio a favor do pai, porque, assim dizia o processo, a menina seria vítima de alienação parental, por parte da mãe.

Nos vídeos que visionei, pude ver uma criança feliz e saudável, no tempo em que vivia com a mãe e o padrasto. O que aconteceu a esta criança no tempo em que esteve com o pai e a madrasta, a mãe não tendo sequer o direito de visita? Eis a questão que se põe.

NOTA: Tenho uma sondagem em curso, para vítimas de falsas acusações de alienação. Se este for o teu caso, onde quer que tu vivas, responde. Está nesta página, à direita. O teu voto é importante para contabilizar o número de pessoas que tenham sido acusadas, prejudicando sobretudo as crianças, cuja guarda acaba por ser revertida a favor do outro progenitor.



Vejamos as notícias sobre este caso em particular:

Babá de Joanna Marcenal diz que menina foi vítima de maus-tratos
28/9/2010 1:26, Redação, com agências - do Rio de Janeiro


De acordo com a mulher contratada por André para cuidar de Joanna, em seu primeiro dia de trabalho, ela se deparou com uma cena de horror
O depoimento de uma babá pode complicar a situação do técnico judiciário André Rodrigues Martins, pai de Joanna Cardoso Marcenal Marins, de 5 anos, que morreu no mês passado . De acordo com a mulher, contratada por André para cuidar de Joanna, em seu primeiro dia de trabalho ela se deparou com uma cena de horror. Segundo a babá, a criança estava no canto de um quarto, “deitada no chão, amarrada numa fita-crepe nos pés e nas mãos e toda suja de xixi e cocô”.

Ela contou que, diante do seu espanto, o técnico judiciário disse que a menina estava “daquele jeito” por ter sofrido uma convulsão no dia anterior. Ele teria alegado ainda que seguia “recomendação médica”. A empregada contou também, em depoimento à delegada interina da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima, Gisele Brasil Vilarinho Faro, que Joanna não estava de fralda, apenas de calcinha e camiseta regata. A babá teria se oferecido para limpar a criança e colocá-la na cama, mas o pai teria argumentado que a menina sujaria tudo e sua mulher, madrasta de Joanna, Vanessa Maia, “não iria gostar”. André teria dito que a filha era “especial”.

Segundo a babá, André saiu com as outras duas filhas e, depois de duas horas, retornou e deu um banho em Joanna. A empregada disse ter visto que havia um tapete no quarto onde a menina dormia que estava sujo de fezes.

No dia seguinte, a babá viu colchonetes espalhados no quarto do casal, onde as meninas dormiam. Percebeu que no closet havia um outro colchonete, todo sujo, e deduziu ser o local onde Joanna dormia.

A empregada disse que foi contratada para cuidar de Joanna e das outras duas filhas de André em 13 de julho, quando foi entrevistada por Vanessa. No dia seguinte, conheceu as crianças. Foi aí que ela se deparou com o quadro de maus-tratos.

A babá contou que se aproximou de Joanna e lhe perguntou o que estava acontecendo. A criança respondeu que não podia “abrir os olhos, porque estavam ardendo”. Depois disso, Joanna não teria conseguido falar mais nada, apenas gemer. Nos demais dias em que trabalhou para a família, a empregada percebeu tristeza no olhar da menina e lhe perguntou o motivo. A criança teria dito que estava com saudades da avó materna. No dia 19 de julho, numa segunda-feira, depois de folgar no domingo, a babá soube que a criança havia sido internada.

O depoimento será usado para ajudar os peritos do Instituto-Médico Legal (IML) na conclusão dos exames complementares sobre queimaduras nas nádegas de Joanna. As declarações comprovam que a menina sofria maus-tratos e estava fragilizada. Segundo o infectologista Edimilson Migowski, professor de infectologia pediátrica da UFRJ, uma criança com a imunidade baixa por estar com algum tipo de estresse, ao ter contato com o vírus do herpes, pode sofrer uma meningite, tendo seu sistema nervoso central afetado. O IML já sabe que Joanna morreu vítima de uma meningite causada pelo vírus do herpes . Em nota, o instituto informou que o laudo não está pronto.



As Contradições de André Marins
Revendo as entrevistas e declarações de André Marins é possível ver que ele tem facilidade em distorcer informações em benefício próprio, faz isso com grande desenvoltura. Fico pensando se esse talento o auxiliou a arrancar Joanna dos braços de sua mãe.


No dia 15/07/2010 André levou Joanna ao hospital RIO MAR, mas mentiu ao dar o nome da outra filha na ficha de atendimento (Maria Eduarda). Atendimento feito pela Dra. Vivían.
16/07/2010 .
Ficha de Atendimento RIO MAR, André novamente teria dado o nome de Maria Eduarda, mas a criança contou que seu nome era Joanna e o nome foi alterado .
Quem atendeu foi Dra Sarita.

OBS: Está anotado que Joanna deu entrada desmaiada, com agitação psicomotora mas estava chorando.
Como estava desmaiada e estava chorando ?
Em entrevistas André diz que Joanna tinha convulsões, mas na ficha médica ele não identifica a agitação de Joanna como convulsão.
Obs: Anotação do médico dizendo que ele aparentava nervosismo e dava informações confusas.
As contradições de André durante a entrevista ao programa Mais Você, no dia 07/10/2010
Para se defender do laudo do IML sobre as queimaduras feitas em Joanna, André começa a entrevista coletiva dizendo que a criança já chegou em sua casa com marcas avermelhadas nas nádegas, mas depois argumenta que foi assadura por fralda com xixi e coco. André também diz que Joanna lhe foi entregue já muito magra.
O laudo é claro, Joanna sofreu queimaduras por substancia química ou por agente físico. Existem fotos e testemunhas comprovando que Joanna estava muito bem quando chegou na casa dele. Até mesmo a psicóloga que a atendeu 5 vezes enquanto estava com o pai, relatou que nas 3 primeiras vezes ela estava bem fisicamente, mas nas duas últimas vezes estava debilitada, machucada e triste.
André confirma a cena vista pela empregada, onde Joanna estava deitada em um tapete, amarrada, suja de fezes e urina.
Mas depois ameaça a processar a empregada por calúnia (??)
André Marins confirmou que amarrou as mãos da filha com fita crepe.
Segundo ele, a medida foi tomada por orientação de uma psicóloga porque a filha sofria de “terror noturno” e tinha um sono muito agitado e com transtornos motores."


A psicóloga Lílian Araújo deu entrevista no dia 08/10 para Ana Maria Braga, no programa Mais Você e foi veemente ao desmentir que teria dado esta orientação. Pelo contrário. Ela afirmou que jamais indicaria que uma criança fosse amarrada. O próprio André teria telefonado e perguntado se poderia vestir uma luvinha na criança, a pediatra disse que “colocar uma luva somente quando ela estivesse dormindo não teria problema”. Mas André amarrou a filha com fita crepe nas mãos e nos pés. Além disso ele não informou nada sobre Terror Noturno para a psicóloga.


(André)Eu não posso ser imputado por uma coisa que não aconteceu. Não há nem crime. O IML concluiu que o roxo era resultado das convulsões e depois foi inconclusivo em relação às marcas nas nádegas. O laudo não foi capaz de apontar a origem"


O laudo do IML diz que não foram dadas à criança as mínimas condições de higiene. Diz ainda que houve negligência nos cuidados com ela. Afirma que ela sofreu queimaduras por substancia química ou agente físico. Sofreu traumas. Ora, se a criança estava sob a guarda do pai, que sequer avisou a mãe ou o pediatra de Joanna que ela estava com problemas (alegações dele), quem deve ser responsabilizado?
(André)Ela já estava há mais de um mês sem tomar esse remédio, aliás eu desconhecia que ela tomava qualquer tipo de medicamento de uso controlado. Quando estava internada, descobri que a abstinência do medicamento causava um descontrole para evacuar. Esse contato das fezes com as nádegas causou essa alergia. Depois, ela também teve alergia a uma fralda e a uma pomada"


O pediatra de Joanna, que cuidou dela desde os 9 dias, afirmou novamente em entrevista ao Mais Você que ela não fazia uso de qualquer medicamento. A última consulta de Joanna com ele foi em janeiro deste ano, consulta e exames de rotina, quando foi possível comprovar que a saúde da criança estava perfeita.
Há um depoimento de um médico conhecido de André, para quem ele perguntou se poderia indicar uma pomada para queimadura. A data coincide com a época em que Joanna estava em sua casa.


Declarações de André para o site 7X7 (Revista Epoca/Globo).
Mais contradições:
André fala sobre o Delegado que comandou as investigações do inquérito onde foi indiciado: ”Ele baseou o inquérito em um único depoimento, o de uma ex-faxineira que foi demitida por mim. Não entendo porque esta mulher ficou em silêncio por mais de um mês e depois apareceu misteriosamente. O laudo foi inconclusivo, não apontou origem, pelo contrário disse que os traumas na Joanna foram causados por crises convulsivas e que nenhum machucado foi feito de propósito”.
A empregada que testemunhou a cena de tortura contra Joanna não ficou em silencio, ela fez uma denúncia anonima na segunda feira logo após o fim de semana em que Joanna foi internada, antes mesmo do caso ser noticiado pela mídia. No inquérito foram ouvidas quase 50 pessoas, a conclusão se baseou em todo um conjunto probatório formado por laudos do IML e pelos depoimentos.


André fala sobre Joanna, “ no começo de julho apresentou vômitos e dor de cabeça. Depois começou a ter pequenas convulsões. Se batia muito, principalmente à noite. Levei na pediatria do Riomar, que é um ótimo hospital. Numa das vezes, um psiquiatra de lá, Bruno, perguntou se ela tomava remédios de uso controlado. Eu disse que, se usava, eu não tinha sido avisado disso quando a peguei, um mês e meio antes. Ele disse que parecia um problema neurológico. Só depois vim a saber que ela um remédio, o Neuleptil, por muito tempo, porque tinha terror noturno. Mas não fui avisado pela mãe dela.
Ele diz que “só veio a saber depois”, que Joanna havia tomado medicação para tratar Terror Noturno, mas na ficha médica de um dos atentimentos no Rio Mar ele mesmo alegou que Joanna tinha Terror Noturno. Mais uma vez é importante citar, Joanna não usava a tal medicação há cerca de dois anos, por isso não poderia estar sofrendo de abstinencia, a não ser que na casa do pai estivessem utilizando algum tipo de medicação indevida...


Estas são apenas algumas das contradições do pai de Joanna.
Quando seus depoimentos puderem ser divulgados, muito mais virá a tona

FONTE: http://casojoannamarcenal.blogspot.com






Como eu entendo aquilo que esta miúda sofreu!
Revejo-me bastante nesta menina.

Tinha eu a mesma idade quando sofri este mesmo tipo de maus-tratos, e outros mais. Era posta num canto, agachada, e ali ficava até que me permitissem sair, em cima do xixi e do cócó que eu fizera. Era fechada quase o dia inteiro na casa de banho, com os braços amarrados ao autoclismo. Dormia no chão, vestida com uma camisa leve e sem nada a cobrir-me, apenas as minhas próprias fezes e o meu mijo. Às vezes faziam-me comer merda, a minha.

Muitas vezes não comia, e noutras era impedida de dormir. Levava um carolo na cabeça, sempre que, exausta, eu adormecia. Levei muita pancada, até mesmo de cinto. Trazia marcas por todo o corpo. Porém resistia (acho que me tornei uma resistente já mesmo em criança).

Não sei precisar quanto tempo suportei estes maus-tratos, mas foram meses a fio. Julgo que mais de um ano, talvez dois.

Nunca fui parar a um hospital (que me lembre...).
Uma miúda de 5 anos que, em menos de dois meses, chega ao hospital quase morta só pode ter suportado um sofrimento atroz!

Eu fui uma Joana, em outros tempos.
Estas coisas não se esquece. Vive-se com elas.

Neste momento choro, ao lembrar esta parte dolorosa do meu passado.
Choro sobretudo o destino desta menina.

O que pode uma criança de 5 anos ter feito para merecer esse tratamento?!

Eu chorava e sofria em silêncio. Pensava que se me portasse muito bem, os meus pais seriam bons para mim. Que me dariam o mesmo amor que davam aos meus irmãos (sei hoje que, apesar de eles não terem sofrido os maus-tratos que eu sofri, eles também não sofreram menos, porque era duro para eles verem-me assim, e por vezes era a minha irmã mais velha -apenas dois anos- quem me tentava salvar).

Como vedes, também aqui eu tenho autoridade para falar.
Só por isso torno público aquilo que eu passei na minha infância.
Eu, de nome Sara, vivi esta mesma experiência.

A maior parte de vós pode imaginar e indignar-se perante esta cena de horror. Mas só a conhece quem a viveu. Como eu.

Felizmente, fui salva a tempo.
Esta menina não...

Um tio meu disse-me, há pouco tempo, que até parecia sina tudo isto que eu tenho vivido. Sina ou não, estou disposta a trocar-lhe as voltas. Nem eu nem outras mães -e, sobretudo, os filhos- merecemos aquilo que nos fizeram e continuam a fazer.

Nunca a Justiça pode tirar uma criança de um meio onde se sente bem e é bem tratada, para a pôr num outro onde a espera os maus-tratos e morte certa!

Pergunto-me como estará a Maria, uma menina que vivia com a mãe e que foi posta numa instituição. O pai sutentava que a mãe exercia alienação parental sobre a miúda, tudo para dificultar o seu contacto com a filha. A Justiça optou por a institucionalizar, quase não lhe permitindo o contacto com a mãe. Será que esta menina ainda passa os dias e as noites a chorar?

A minha irmã costuma dizer que teria sido melhor se os meus pais se tivessem separado. Perguntei-lhe, há dias, se teriam conseguido exercer a guarda partilhada dos filhos, tendo o casamento deles sido sempre marcado por cenas de violência e de discussões (eis porque digo que os meus irmãos não sofreram menos, pois eu fui salva, mas eles tiveram de viver permanentemente nesse ambiente)

"De forma alguma!", respondeu-me.

RECUSO-ME A SER BARRIGA DE ALUGUER!!!!!!!!!!!!!


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