sábado, 18 de dezembro de 2010

PAIS SEPARADOS DISFARÇAM-SE DE HERÓIS

São militantes de Fathers 4 justice e de outros movimentos de pais separados que reclamam (ou melhor, exijem) os seus direitos.
Porque eles querem ser os heróis na vida dos seus filhos.
Dizem que lutam pela justiça, e pelos interesses destes.

Mas um herói, tanto quanto sei, caracteriza-se essencialmente pelo seu altruismo e uma grande nobreza de carácter.
Não é o caso destes pais.
Ou pelo menos não é o caso da maioria.

Sem sequer falar da figura ridícula que fazem, estes pais têm tido atitudes pouco nobres e pouco altruístas.


Nunca um herói engendraria um plano para raptar o filho mais novo de Tony Blair, na altura com 5 anos, sem se preocupar minimamente com o que iria sentir a criança, vendo-se separada dos pais (principalmente da mãe).
Tudo para obrigarem o governo a aceitar aquilo que eles exijem.

Provavelmente, se o plano tivesse ido para a frente (não o foi porque houve quem o tivesse descobrido a tempo) este menino imaginaria que o pai, o seu super-herói, o viria salvar dos vilões e o levaria de volta para os braços da mãe.

Pais assim assemelham-se mais a anti-heróis, cujos actos revelam uma clara sede de vingança, servindo os seus próprios caprichos.

Um pai que pensa que é bom para a criança, muitas vezes de tenra idade, estar separada da mãe, e que consegue suprir a falta desta, pensa errado. Não aje por amor, e sim por ódio.

Para mim um autêntico super-herói é aquele pai que é capaz de passar por cima dos seus desejos em benefício dos filhos.
Um pai que não os abandona, mas que também nada impõe.

Uma difícil missão, eu sei.
Ninguém disse que era fácil ser super-herói.


RECUSO-ME A SER BARRIGA DE ALUGUER!!!!!!!!!!!!!


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