domingo, 5 de dezembro de 2010

QUANDO OS FILHOS MATAM O PAI PARA DEFENDER A MÃE!

Quando os filhos matam o pai para proteger a mãe

por RUTE COELHO, ALFREDO TEIXEIRA e JOANA CAPUCHO



Três mães, de Oeiras, Porto e Aveiro, contam como os maridos que as agrediam foram assassinados pelos próprios filhos. Hoje, olham para trás e não lamentam o crime cometido

São jovens que fintaram a ordem natural da vida e não chegaram a ver os pais morrer na velhice. Num impulso, mataram o homem que agredia a mãe. A justiça condenou-os pelo homicídio depois de analisadas as atenuantes do crime. No coração das mães, estes filhos parricidas estão perdoados. Cumpriram o desejo mais íntimo delas, o de que o agressor morresse, como explica um psicólogo.

"A morte do meu marido foi um alívio", descreve ao DN Isaltina Ramos, 41 anos, vítima de violência doméstica por mais de duas décadas. Todas as semanas, esta mulher desloca-se ao local que é agora o centro da sua vida: o Estabelecimento Prisional do Linhó, Sintra. Vai visitar o filho, Carlos Ramos, 23 anos, que está a cumprir pena de nove anos de prisão pelo homicídio do pai.

Na noite de 27 de Janeiro de 2009, na casa da família em Porto Salvo, Oeiras, acabou de forma trágica um ciclo de violência doméstica que afectou uma família inteira. O pai, alcoólico, que batia na mulher e nos três filhos, foi assassinado pelo seu filho mais velho.

Carlos, então com 22 anos, discutiu com o pai, que vinha alcoolizado e até o terá ameaçado com uma catana. O filho, num impulso, agarrou num machado e desferiu-lhe um golpe mortal na cabeça. Isaltina não assistiu ao momento de horror. "Eu tinha saído de casa há um mês e estava refugiada no apartamento da minha patroa. O Carlos é que nunca quis deixar a casa com medo que o pai a destruísse numa das suas fúrias quando chegava bêbedo. Os meus dois filhos mais novos, hoje com 9 e 18 anos, já viviam em casa do meu pai."

Mãe destroçada e vítima reiterada, Isaltina acalenta sentimentos mistos, entre o "alívio" pela morte do agressor e a "pena" pelo futuro do filho, que fica "marcado no cadastro e pela sociedade".

A noite do crime ficará para sempre imprimida na sua memória. "Fui eu que limpei o sangue todo da casa, do tecto às paredes. Foi um choque quando a polícia foi a casa buscar o meu filho."

Carlos foi condenado no tribunal de Oeiras a nove anos de prisão. Em tribunal declarou: "Foi umclique que me fez matar o meu pai." Esgotou os recursos até ao Supremo Tribunal de Justiça, que manteve a sentença da primeira instância.

No último mês foi transferido do Estabelecimento Prisional de Caxias para o E. P. do Linhó.

"Eu estou a morar na minha casa. Na casa onde tudo aconteceu", conta Isaltina. Nem Carlos nem a mãe tiveram, até agora, qualquer apoio psicológico que os ajudasse a superar o trauma vivido. O apoio psicológico - antes e depois da condenação - é fundamental nestes casos, concordam o psicólogo Daniel Cotrim e o ex--bastonário dos Advogados, Rogério Alves.

Carlos Ramos cresceu num ambiente de violência e habituou-se a ser o protector da mãe. "Com 5 anos começou a levar porrada do pai porque já me queria defender das agressões." Isaltina, que agora se desdobra a fazer limpezas para sustentar a família, garante ter feito "várias queixas" contra o marido agressor na PSP, a primeira das quais há 20 anos. Chegou a ser esfaqueada pelo marido e queimada com pontas de cigarro. O drama doméstico foi num crescendo. Até ao "limite extremo" atingido pelo filho.

Chora a noite toda. João Carlos Pereira Pinto nunca afirmou estar arrependido, mas ainda hoje por vezes é surpreendido pela companheira a chorar na cama e anda sempre com a fotografia do pai na carteira. Nunca mais esquecerá a noite de 15 de Janeiro de 1993, quando matou o pai com quatro facadas, em casa, na Rua Nova do Monte Xisto, em Guifões, Matosinhos. Tinha apenas 19 anos quando cometeu o crime.

Foi condenado a seis anos de prisão, mas cumpriu apenas três anos e oito meses de pena. Actualmente, está em França. Tem duas filhas, uma com 14 anos, fruto de um anterior relacionamento, e uma bebé de cinco meses.

"Ultrapassei bem toda esta tragédia porque a minha vida era o inferno", conta a mãe de João, Margarida Pinto, de 59 anos. Com Agostinho Pinto esteve casada 22 anos. Tiveram nove filhos. "Foi uma vida de muita pancada, de maus tratos, físicos e verbais", conta Margarida, tapando a cara com as mãos. Está sentada à mesa da sala de jantar. Em cima do aparador está a fotografia do marido.

Agostinho "nunca foi um pai afectivo". Homem trabalhador, de 45 anos, tinha problemas com o álcool e era obsessivo com os ciúmes. Foram anos de tortura.

"Chegava a casa com os copos e eu e os filhos é que pagávamos." Era negociante de gado. A mulher deixou o emprego para cuidar da casa, dos filhos e do campo.

Sempre que regressava das feiras, alcoolizado, agredia Margarida. A mulher chegou a apresentar queixa por maus tratos, até deixou uma vez a casa com os filhos, mas regressou.

Na noite fatídica, Agostinho discutiu com a mulher. "Queres uma casa? Esta não te chega?", gritava, irado. Um dos filhos foi chamar João Carlos, que estava em casa de um vizinho. Quando regressaram, tiveram de partir uma janela porque o pai tinha trancado todas as portas. "Por azar, estava uma faca em cima da mesa e o João pegou nela. Foram quatro facadas", afirma a mãe.

"Se o meu marido fosse vivo, os meus filhos já nem se conheciam uns aos outros. Hoje, estão todos perto de mim."

Fernanda Couto, agora com 63 anos, recorda com tristeza a tragédia que, a 14 de Agosto de 1994, destruiu a sua família e chocou Soutelo, na freguesia da Branca, em Albergaria-a-Velha. Durante quase 20 anos, a mulher foi vítima dos maus tratos do marido que, constantemente, levavam à intervenção do filho mais novo, António Augusto.

Naquela noite, o filho, de 21 anos, envolveu-se numa luta com o pai, Daniel Nogueira, que culminou na morte do pai.

Um desfecho que até era previsível. "O meu marido batia-me e o meu filho revoltava-se e metia-se no meio para me defender", conta Fernanda Couto, ao DN. Foi assim durante todo o casamento. "O meu marido sempre me tratou mal. Tinha problemas com o álcool e andava com outras mulheres".

Ao fim de 19 anos de casamento, Fernanda e Daniel divorciaram-se, mas o homem, na altura com 44 anos, recusava-se a sair da casa que era propriedade da sogra.

Na noite quente de 14 de Agosto, António e o pai foram a uma festa numa localidade da freguesia. Os problemas começaram na festa, onde o homem, já alcoolizado, terá danificado o carro do filho, levando à intervenção da GNR. Quando ambos chegaram à porta de casa, a discussão ia acesa. "O pai tinha um pau e ia atirar--lhe uma pedra. O meu filho pegou no pau para se defender e acertou-lhe com ele na cabeça", esclarece Fernanda. O homem foi conduzido ao hospital de Aveiro, onde acabou por falecer.

Fernanda Couto sublinha que o filho "agiu em legítima defesa" e diz que o ex-marido tentou matar António algum tempo antes.

Depois do divórcio, Fernanda só desejava que Daniel saísse de casa para o seu martírio acabar. "Entretanto, a namorada do meu filho engravidou e ele trouxe-a para nossa casa. Foi quando o problema se tornou maior, porque eu tinha alguém a fazer-me companhia", disse ao DN. António Augusto, o mais novo de três irmãos, esteve dois anos preso pelo homicídio do pai.

Carlos, João e António praticaram um crime contra naturam, mas já eram vítimas antes disso.

In DN

FONTE: http://vagueando.forumeiros.com/noticias-frescas-em-cima-da-mesa-f5/quando-os-filhos-matam-o-pai-para-proteger-a-mae-t24014.htm







Mas não se pense que são apenas os filhos a cometer este crime. As filhas também saem em defesa das mães, como podeis ver no caso que se segue.


Tragédia

Filha mata o pai após intervir em briga com a mãe
Publicada em 24/03/2010 às 20h21m
Dicler de Mello Souza e Fernanda Badioti

VOLTA REDONDA e RIO - A advogada Marina da Silva Motta, de 25 anos, matou com dois tiros o pai, o empresário do ramo de carnes Arthur Motta Filho, de 50 anos, numa tentativa de defender a mãe, Denise Cristina Bossoli Silva, de 45 anos, que estava sendo espancada pelo ex-marido. A jovem fugiu logo depois da morte. O advogado Paulo Ramalho, que a representa, informou que a cliente irá se apresentar na delegacia nesta quinta-feira. Ainda na noite desta quarta, Marina da Silva será atendida por um psiquiatra, pois ela estaria muito abalada com o que ocorreu, acrescentou o advogado.

No porta-malas do carro de Arthur, que estava estacionado na frente à casa da família, na Avenida Dom Pedro II, no centro de Porto Real, no Sul Fluminense, foram encontrados R$ 2 mil e vários cheques. Policiais do 28º BPM (Volta Redonda) apreenderam ainda o revólver calibre 32, que Arthur portava antes de ser desarmado pela filha.

O homicídio aconteceu por volta das 4h da madrugada desta quarta-feira. O tio de Denise, Cláudio Bossoli, que mora com Arthur, contou que ele invadiu a casa da ex-mulher armado com um revólver. O empresário já teria chegado atirando e ameaçando Denise com a arma. A filha mais velha do casal conseguiu desarmar o pai, disparando dois tiros que o atingiram nas costas e no peito.

De acordo com a polícia, o pai era viciado em crack e agredia constantemente a filha e a ex-mulher. Ele já teria sido internado numa clínica de recuperação para viciados. Na 100ª DP, há vários registros de violência doméstica que teriam sido praticados por Arthur, principalmente contra a ex-mulher. O corpo do empresário será enterrado nesta quinta-feira em Passa Quatro, no sul de Minas Gerais.

FONTE: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2010/03/24/filha-mata-pai-apos-intervir-em-briga-com-mae-916160037.asp


O MEU COMENTÁRIO:

Nunca se sabe se o mito de Édipo não terá tido, como pano de fundo, uma realidade semelhante a estas que aqui foram descritas.

Nestes casos, estava escrito que, mais cedo ou mais tarde, havia de acontecer uma tragédia. Os filhos rebelaram-se.

A violência doméstica, bem o sabeis, não é de agora. Enquanto houver, outros pais sucumbirão às mãos dos próprios filhos.

Não é preciso que um oráculo no-lo diga. É a fatalidade.
Aos meus olhos, que não são cegos, o verdadeiro mito de Édipo.

LEI DO CARMA: CONFORME AGIRES, ASSIM O TERÁS!

Trouxe este texto de um outro site, porque acredito que um dia destes o feitiço se há-de virar contra o feiticeiro. Falo de quem defende a lei da guarda compartilhada- que não a impondo, a estabelece como regra- e a lei que pune aqueles que se virem acusados, mesmo que injustamente, de alienar os filhos do outro progenitor.

Conforme agires, assim o terás.
Eis a lei do Carma.







TEXTO
Há milhares de anos, em um dia de outono, dois amigos viajavam a pé por um caminho que atravessava um belo bosque. De repente surgiu diante deles um urso faminto, ameaçador, pronto para atacar.

Sem pensar por um só instante, um dos viajantes subiu rapidamente a um dos galhos mais elevados de uma árvore próxima. O outro, sozinho diante da fera e ameaçado pelo sentimento de pânico, lembrou de algo decisivo. Tempos atrás, tinha ouvido que um urso não se alimenta de cadáveres.

Atirou-se então imediatamente ao solo e fingiu-se de morto. O urso chegou até ele e colou o focinho ao corpo aparentemente sem vida. Durante alguns segundos, cheirou o rosto e as orelhas, enquanto o homem continha a respiração. Sacudindo a cabeça, aparentemente decepcionado, o urso desistiu e afastou-se. O perigo havia passado. O homem ergueu-se lentamente do chão, sentindo uma perfeita calma. Seu colega desceu da árvore, aproximou-se com ar curioso e perguntou:

“Quando você estava deitado, o que foi que o urso disse ao seu ouvido?”

“Na verdade, ele me deu um conselho”, foi a resposta. “Na linguagem dos ursos, ele me disse com jeito amável: ‘jamais deves viajar em companhia de amigos como esse aí da árvore, que te abandonam a toda velocidade quando estás em perigo’.

A fábula acima é de Esopo. Ela ilustra o fato de que as adversidades são úteis para testar a sinceridade dos nossos amigos. As derrotas e situações de perigo podem ser muito desagradáveis, mas, pelo menos, elas nos permitem conhecer a verdadeira solidez dos nossos laços de afeto. “Amigos na dificuldade, amigos de verdade”, diz um antigo ditado inglês.

Encantando velhos e crianças há 25 séculos, as fábulas de Esopo têm uma mensagem radical e poderosa. Elas refletem a vida como ela é. Revelam com lucidez implacável os jogos de dissimulação, e colocam em cima da mesa, para que todos vejam, a ambição, o medo e a inveja que ameaçam cada alma em sua jornada pela vida. Mas também revelam as qualidades positivas que permitem a libertação espiritual.

Uma fábula é uma história carregada com simbolismo, que traz em si uma lição de vida e na qual os animais possuem o dom da fala. Esopo é o fundador do gênero, e suas fábulas reúnem três atributos principais: são curtas, belas e úteis. Elas nos ensinam, entre outras coisas, que a vida é um dom de supremo valor; mas que viver é perigoso, e que, por esse motivo, cada alma deve desenvolver ao máximo virtudes como atenção, vigilância, coragem, prudência e equilíbrio.

A vida de Esopo não é uma mera suposição. Ele existiu de fato, e é citado por Platão, Aristófanes, Xenofonte e Aristóteles. Mas os detalhes da sua vida, esses, sim, são mais lendários que literais. Os diferentes relatos são contraditórios. A biografia mais detalhada dele, escrita por Planudes, é considerada fantasiosa. É verdade que La Fontaine adotou como válida a narrativa de Planudes, mas parece ter feito isso por seu valor como lenda.

Calcula-se que Esopo tenha nascido em torno de 620 antes da era cristã. Escravo, gago, com o rosto deformado por uma extrema feiúra, Esopo era dotado de uma extraordinária sabedoria prática. Os deuses curaram sua gagueira. Por causa do seu talento, acabou sendo libertado por seu dono. Então o ex-escravo foi para Atenas, e ali dedicou-se a defender as pessoas pobres e humildes. Usava suas fábulas para denunciar a hipocrisia dos poderosos e para desmoralizar os procedimentos injustos das elites. Há uma fábula que ilustra bem esse ponto:

Um dia, o leão, o asno e o lobo decidiram sair juntos para caçar. Ficou combinado que qualquer coisa que eles obtivessem seria dividida entre os três. Depois de matar um cervo de bom tamanho, eles resolveram fazer uma grande refeição. O leão pediu ao asno que repartisse a carne. O asno dividiu a comida em três partes iguais e convidou os amigos a servirem-se. Mas o leão, indignado, atacou o asno e o reduziu a pedaços. Em seguida, voltando-se para o lobo, o rei dos animais pediu gentilmente que ele fizesse a divisão em duas partes. O lobo juntou todo o alimento em uma única grande pilha, deixando de lado apenas uma minúscula parcela para si mesmo.

“Ah, meu amigo”, disse o leão, “como você aprendeu a dividir as coisas de maneira tão justa?”

“Foi fácil! Bastou que eu visse o destino do nosso amigo asno” – explicou o lobo.

Uma lição da fábula acima é que “não se deve confiar demasiado no sentido de justiça dos poderosos”. No Brasil, essa história de Esopo deu origem e inspiração à imagem do Leão como símbolo da Receita Federal, que cobra impostos da população brasileira. Vem dela a expressão “a parte do leão”.

Outra conclusão da história é que “é melhor aprender com os erros dos outros (como fez o lobo) do que com os nossos próprios erros”.

De fato, o sábio procura tirar lições dos fracassos alheios. Quem tem alguma sabedoria aprende com os seus próprios erros (quando eles não são fatais), mas o tolo completo não é capaz de aprender nem sequer com as suas próprias derrotas.

Devido ao seu discurso irreverente em defesa dos mais fracos e da verdade, Esopo não demorou muito a chamar atenção de Perístrato, dirigente de Atenas que era inimigo da liberdade de pensamento.

Em 564 a. C., o contador de histórias foi acusado de sacrilégio pelo oráculo de Delfos. Em sua defesa, Esopo contou a fábula da águia e do besouro, afirmando que os privilegiados devem respeitar os direitos dos mais fracos, porque os abusos de poder são sempre punidos pelos deuses.

Diz a fábula:

“Uma lebre, perseguida pela águia, pediu refúgio na casa de um besouro. O besouro, valente e generoso, decidiu defender a lebre e disse à águia: ‘Em nome de Júpiter, você deve respeitar o direito de exílio. A lebre agora é minha hóspede.’ Ignorando a argumentação, a águia jogou o besouro a um lado e devorou a lebre de imediato. Magoado, o besouro decidiu não dar trégua à opressão da águia. Ele foi até o ninho da águia e jogou os ovos dela no chão, um a um. Não havia nisso uma vingança pessoal, mas uma luta em favor dos mais fracos. A águia construiu um segundo ninho, bem mais alto, mas o besouro foi até lá e repetiu a operação. Diante disso, a águia procurou Júpiter para buscar um acordo com o besouro. O chefe dos deuses tentou acalmar o besouro, mas foi inútil. Pediu a ele que pensasse em uma conciliação, e a idéia foi rejeitada. O último recurso encontrado por Júpiter para evitar a extinção da águia foi mudar a época da sua reprodução para uma estação do ano em que os besouros não estão em atividade.”

Moral da história: “o carma do abuso de poder é pesado, e os opressores cedo ou tarde devem reencontrar-se com a justiça e o equilíbrio.”

Mesmo contanto esta profunda fábula em sua defesa, Esopo foi condenado à morte e lançado do alto de um penhasco. Depois de morto, porém, passou a ser reconhecido um dos grandes sábios da Grécia.

Não só a fábula da águia e do besouro, mas muitas outras narrativas de Esopo tratam da lei do Carma, segundo a qual nós colhemos tudo o que plantamos, em pensamentos, sentimentos e ações. Uma das fábulas sobre o carma está ambientada em um tempo mítico em que as abelhas não possuíam ferrões:

Certo dia, quando o mundo ainda era jovem, uma abelha voou até o céu para levar a Júpiter, o rei dos deuses, uma generosa oferta de mel. Júpiter ficou deliciado com o doce presente e prometeu à abelha realizar um desejo seu, fosse qual fosse. Emocionada, ela afirmou:

“Ah, poderoso Júpiter, meu criador e meu mestre, desejo ganhar um ferrão, e um ferrão tão poderoso que possa matar qualquer um que chegue perto da colméia para levar o mel.”

Ora, a lei da natureza é a doação e o serviço altruísta. É pela generosidade que a vida evolui. Irritado com o egoísmo da abelha, Júpiter disse:

“Seu pedido será atendido, porém não do modo como você deseja. Ganhará um ferrão, mas sempre que alguém vier buscar seu mel e você o atacar, o ferimento será fatal para você e não para o outro. Você perderá sua vida junto com o ferrão que será sua arma. ”

Moral da história:

“Aquele que alimenta desejos de vingança atrai sofrimento para si mesmo”.

Em outra fábula sobre a lei do carma, o asno e o lobo reaparecem como personagens:

Certo dia, os dois amigos decidiram tornar-se sócios e saíram ao campo para buscar alimentos. No caminho, encontraram um leão com jeito faminto e feroz. Compreendendo perfeitamente a situação de perigo iminente, o lobo sorriu, avançou com rapidez até o leão e murmurou:

“Se você prometer não me atacar, eu posso trair o asno, e desse modo você o prenderá facilmente.”

O leão concordou, e o lobo atraiu o asno para uma armadilha. Porém, logo depois que o asno foi capturado, o leão atacou furiosamente o lobo e fez dele o seu almoço, preferindo guardar o asno para a refeição seguinte.

A conclusão da história é que “os traidores devem esperar por traição”. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. Outra conclusão da fábula é que “os mais fracos fazem bem em unir-se diante dos mais poderosos, sempre que esses abusam do seu poder”. Uma terceira idéia: “devemos ser leais a nossos amigos”.

O carma é um mecanismo complexo. Às vezes ele amadurece imediatamente. Outras vezes é necessário muito tempo. Em todos os casos, o que acontece fica registrado no Akasha ou luz astral e – no momento certo – a justiça cármica retribui a cada um conforme os seus méritos. O carma tem seu próprio ritmo e ele deve ser respeitado. Assim, a busca de vingança pessoal produz maus resultados, conforme conta outra fábula de Esopo:

Muitos anos atrás, um cavalo selvagem possuía um vasto campo de pasto à sua disposição. Certo dia, um cervo invadiu o território e comeu grande parte do alimento. Cego de raiva, o cavalo procurou o homem e pediu sua ajuda para punir o cervo. “Sim, claro”, disse o homem. “Mas, para isso, eu preciso colocar um freio em sua boca e montar sobre suas costas. Assim poderei punir o cervo.” O cavalo concordou, e o homem montou nele. Desde aquele dia, ao invés de obter sua vingança, o cavalo ficou escravo do homem.

A moral da história é que, “buscando vingança, você perde sua liberdade”.

De fato, o rancor pode ser uma grande prisão psicológica – e para alguns, inclusive, uma prisão perpétua. Mas o otimismo, o desapego e o sentimento solidário libertam a alma de sofrimentos.

A lei do carma rege a todos os seres, tanto física quanto mental e espiritualmente. Cada pessoa tem um Carma Mental que produz resultados em seu próprio nível. Nossos hábitos de pensamento são nosso carma, porque criam nossa maneira de ver o mundo – e de viver. O pensamento influencia decisivamente cada aspecto da vida. Aquele que busca enganar outras pessoas pode obter vantagens externas de curto prazo, porém adquire inevitavelmente um mau carma correspondente no plano mental, onde tudo é mais durável que nos planos inferiores da realidade. As vantagens pessoais obtidas por meios injustos são colocadas dentro de uma atitude mental negativa. Na verdade, elas surgem de uma atitude mental negativa e a reforçam. O mentiroso perde o sentido da realidade, e assim atrai sofrimento para si mesmo. Em compensação, a opção pela sinceridade é uma fonte de bênção, a médio e longo prazo, embora a curto prazo possa trazer conseqüências incômodas. A história de um lenhador que jamais mentia demonstra essa verdade.

Conta Esopo:

Cortando uma árvore na beira de um rio, um lenhador deixou seu machado cair na água. Desesperado ao ver que perdera seu instrumento de trabalho, ele sentou à margem do rio e começou a chorar. Mas o rio pertencia ao deus Mercúrio, que teve compaixão do lenhador. Mercúrio voou até o local e mergulhou no rio. Pouco depois, emergiu da água com um machado de ouro e perguntou ao lenhador:

“Esse é o seu machado?”

O homem disse que não. Mercúrio mergulhou pela segunda vez e voltou com um machado de prata:

“É seu?”

E o lenhador disse que não.

Então Mercúrio mergulhou pela terceira vez, trouxe o machado do lenhador, entregou-o e, como presentes, deixou com ele também os machados de ouro e de prata.

No dia seguinte, o homem contou aos seus amigos o que acontecera. Um deles decidiu fazer uma experiência: foi ao mesmo lugar do rio, deixou seu machado cair na água intencionalmente, e então começou a chorar. Mercúrio não tardou a aparecer. O deus de pés alados mergulhou nas águas e, ao voltar, apresentou-lhe um machado de ouro, perguntando se era dele.

“Sim, esse mesmo”, mentiu de imediato o lenhador, estendendo o braço para agarrar o objeto precioso.

Indignado com a insinceridade, Mercúrio não lhe entregou o machado de ouro, e tampouco lhe devolveu o seu machado comum de ferro e madeira.

Moral da história: “em todas as situações, a melhor estratégia é a honestidade”.

De fato, a vida testa a cada momento a nossa decisão de agir corretamente. O uso da atenção e da perseverança permite identificar as sutis relações de causa e efeito que ligam a ignorância espiritual ao sofrimento físico e emocional.

Assim podemos perceber que cada um é senhor de seu destino – que cada ser provoca a sua própria felicidade ou seu sofrimento – e fica um pouco mais fácil percorrer o caminho ao autoconhecimento.

FONTE: http://www.filosofiaesoterica.com/ler.php?id=424








Deixo-vos esta petição, pois que ligada ao tema de hoje (se lerdes, vereis).


Auteur :Lutte d'une maman pour toutes les mamans!
Description :Pour une loi qui respecte vraiment l'intêret de l'enfant!
A l'attention de Monsieur le président de la République, l'Assemblée de la République


Devant le grand nombre d'enfants soumis à un mode de garde qui, dans la majeure partie des cas, ne respecte vraiment ses intêrets (je parle, evidemment, de la garde alternée), cette pétition vient juste vous rappeler quelques faits qu'on a tendance à oublier.

Il me semble, Messieurs, que de nos jours nous vivons une nouvelle inquisition, sauf que cette fois on n'accuse pas les femmes d'être des sorcières: on les accuse d'être des mauvaises mères, sans aucun respect pour les intêrets et les désirs de ses enfants! Ce qui est tout à fait faux.


Et, dans cette croyance, au lieu de nous mettre au feu, on nous enlève nos enfants.Ce qui est encore pire, croyez-moi.

Les principales victimes? Les enfants, bien sûr.


D'abord, saviez-vous qu'un bon nombre de mères sont, en fait, pour cette garde, en dépit de la mauvaise relation qu'elles ont vécu avec le père de ses enfants?

Mais est-ce que-on se demande bien- la pratique de la garde partagée a les avantages qu'on lui reconnait?
Je n'entends parler que des statistiques. Or, comme dit l'expression, il existe les mensonges, des grosses mensonges... et les statistiques! C'est-à-dire que la réalité est bien toute une autre que celle que nous présentent les statistiques.



Comment considérer l'attitude d'un père qui veut absolument prendre sa moitié -ou la partie toute entière- de son enfant, encore tout petit, sans même penser aux conséquences? On dit qu'il y a des enfants traumatisés par les attitudes de leur mère(?!) On ne parle pas des enfants traumatisés par la séparation forcée de leur mère. On dit qu'ils s'adaptent bien à cette séparation, alors que, en vérité, ils s'accomodent. Ce n'est pas la même chose.

S'il est vrai que le temps ne se passe pas de la même façon pour un enfant,surtout quand il est encore petit (et donc, 15 jours éloigné de son père peut lui ressembler trop long), le même se passe pour un nourrison qui est éloigné toute une journée de sa mère. Et même pour des enfants plus âgés. L'enfant semble être bien tranquille, mais il ne l'ai pas. D'habitude les conséquences de cette séparation ne parviennent que quelques années plus tard, parfois dans l'adolescence.

A présent, je vois des enfants qui deviennent cyberdépendants, et d'autres qui succent le doigt. Des enfants dans des familles recomposées, qui n'y trouvent pas sa place, se sentent souvent à l'ecart. Ça, ce n'est pas des statistiques. C'est bien la réalité que nous avons devant les yeux.

Quand on sépare un chiot de sa progéniteure, l'animal pleure pendant des jours. Il veut sa maman. Puis il se tait. Il s'est accomodé a cette séparation forcée. Il ne l'a forcement pas acceptée, comme nous le jugeons.

Le même pour les humains. La seule différence c'est qu'un nourrison dépend encore plus de sa maman que les petits animaux dans d'autres espèces, vue sa fragilité.

On me reproche la comparaison que je fais souvent entre la mère humaine et les autres femelles, dans d'autres espèces. Et, pourtant, de l'autre côté, celui qui défend l'egalité père/mère, on nous présente souvent des espèces où le rôle est partagé entre les deux progéniteurs... Sauf qu'il s'agit des espèces qui pondent des oeufs, et qui n'ont, donc, aucun lien avec la nôtre. Le seul lien qu'on y trouve c'est l'instinct de protection, qu'on voit aussi chez les mamifères. Les humains, aussi, l'ont.

Alors, que peut-on reprocher à une mère qui protège ses enfants? Rien, en effet. Au contraire.
Et pour le fait de protéger ses enfants, le tribunal décide de les enlever. On les place chez le père.


Il serait plutôt important d'envisager une loi qui respecte VRAIMENT l'intêret de l'enfant. Comme disait quelqu'un -et je le trouve bien- ce n'est pas l'enfant qui doit s'adapter à l'adulte, mais l'adulte à l'enfant. Et donc, les lois se doivent adapter à ses intêrets, n'oubliant pas que l'enfant a des sentiments, des envies, qu'on doit absolument -sauf rares exceptions-respecter.

L'egalité -les spécialistes d'enfants le disent souvent- ne se fait de la même manière et dans un même temps, donc un père ne peut pas exiger une parcelle de 50%, sachant qu' un nourrison et l'enfant encore petit n'a pas des besoins de 50/50. Son cerveau ne marche pas comme ça. Surtout, il ne marche pas tel comme on veut. La loi de Salomon nous montre bien qu'on peut pas le couper en deux, cela disant, on peut pas partager moitié-moitié.


Est-ce qu'on restera aveugles? Ou bien, nous agisserons pour le vrai intêret de l'enfant?
Ce n'est pas les conditions matérielles qui importent le plus. Ce qui importe vraiment c'est d'être sensible à ses besoins.


Réfléchissez bien, Messieurs. Car vous avez dans vos mains nos enfants, notre futur. Et selon vous agissez, vous l'aurez.



Veuillez agréer, Messieurs, l'assurance de mes salutations distinguées.


Está em:
http://www.mesopinions.com/Qu-une-maman-puisse-garder-ses-enfants--tout-comme-il-se-passe-dans-la-nature--petition-petitions-d48321df2ccfc944808d20b77175b95a.html

RECUSO-ME A SER BARRIGA DE ALUGUER!!!!!!!!!!!!!


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