quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

CONTRA A TIRANIA DE MADAME E. BADINTER!

Os filósofos, com as suas permanentes questões, têm esse condão de complicar ainda mais aquilo que se apresenta de forma simples!

Felizmente para nós, quando nasceu esta ciência, já existia a maternidade!

Aliás, sem ela não estávamos cá.
Não estando cá, não haveria filósofos.
E isso, em certos casos, seria uma sorte.

A natureza sempre foi aquilo que é.
O Homem, com toda a sua filosofia e toda a sua cultura, é que a condiciona a seu bel-prazer.
Não tanto a natureza dos animais, mas a nossa.

Assim se explica que, em determinados lugares, a maternidade seja privilegiada, noutros não.

Todos concordam que o uso da burka não é natural.
Contudo, a mulher interiorizou o seu uso como algo natural.

Então, e a maternidade?
É natural amamentar?
É natural uma mãe cuidar dos filhos, tal como o vemos entre os outros mamíferos?

E. Badinter diz que não.

Contudo, tanto quanto sabemos, uma outra fêmea o faz muito naturalmente. Porque não nós?

Porque a sociedade (em determinadas culturas) nos diz que não é natural.

E. Badinter chega mesmo a referir o caso das mães do século XIX, que deixavam os filhos aos cuidados de amas, sendo mesmo estas quem os amamentavam.

Mas ela sabe (suponho que saiba...) que isso apenas sucedia nas classes sociais mais altas, pois nas mais baixas as crianças beneficiavam dos cuidados das suas próprias mães.

Ora eu acredito que, instintivamente, a mãe quereria ter o seu filho nos braços, , contudo essa mãe acreditaria que esse sentimento, essa vontade de pegar no seu filho, de ser ela a cuidar dele, não era natural.
Pelo menos não o era -assim acreditava essa mãe, porque a cultura da época lho impusera- para alguém da sua classe.

Por termos diferentes comportamentos, consoante as épocas, se conclui que a cultura consegue, se assim o determina, aprisionar os nossos instintos mais naturais.

Quantas dessas mulheres não invejariam a posição das mulheres do povo, muito mais livres do que elas próprias?

Quando E. Badinter se insurge contra a tirania da maternidade, eu dou-lhe uma certa razão.

Ainda que sendo a melhor pessoa para se ocupar dos filhos -nem Badinter nem qualquer outra pessoa me convencerão do contrário-
uma mãe não é perfeita.

Nem mesmo entre os mamíferos existe essa perfeição (já se viu fêmeas a abandonar as crias, embora seja raro, mas nem por isso o macho se impôs, querendo ocupar o seu lugar).

Que o pai se envolva, sim.
Que queira tomar o lugar da mãe, essencial para um recém-nascido e para a criança nos seus primeiros anos de vida, não.

Nenhuma mãe deve ser obrigada a amamentar, certo.
Dizer que ela é má mãe por decidir não o fazer, é ir longe demais.
Mas uma mãe que decide amamentar o seu filho é certamente melhor mãe.

Claro que haverá muitos outros gestos, para lá da amamentação, que farão da mulher uma boa ou má mãe. Mas aquela que decide pela amamentação, estreitando o vínculo com o seu filho,vínculo esse iniciado já durante a gravidez, demonstra que o é.

A proposta dos ecologistas agrada-me, ademais.

Portanto, Madame E. Badinter, faça-me um favor:
Deixe-nos pensar pela nossa cabeça!
Não queira que a maioria de nós pense pela sua!

Querer impôr-nos uma outra forma de pensar, é uma tirania.
Somos livres de agir de forma contrária à sua.
Estou certa que é o parecer da maioria de nós.

Prova, talvez, de que o nosso instinto (o instinto maternal que você tanto nega) se sobrepõe a qualquer nova imposição cultural.

Já é tempo de fazermos prevalecer o melhor da nossa natureza.
Já é tempo de homens e mulheres reconhecerem as suas diferenças, não impondo ao outro um comportamento contra natura.

Sobretudo, já é tempo de agirmos em benefício dos nossos filhos, e não no nosso.

Quer isto dizer que nenhum homem tem o direito de aprisionar uma mulher (sua ex-mulher, para ser exacta) à sua vontade, e que a mulher, sendo livre de refazer a sua vida onde queira e com quem queira, não esqueça (estou certa que a maioria tem isso em consideração, ao contrário do que se diz por aí) os direitos do pai dos seus filhos, e, principalmente, os direitos destes.

"Com boa vontade, tudo se faz!", dizia-nos ( a mim e ao meu ex) uma juíza.
Devíamos seguir esta filosofia de vida, e não outras que eu considero baratas.




RECUSO-ME A SER BARRIGA DE ALUGUER!!!!!!!!!!!!!


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