quarta-feira, 4 de maio de 2011

SOU MÃE DE UMA ADOLESCENTE

Pois é, a minha filha mais velha vai fazer 14 anos, já no próximo mês.
E, nos poucos dias em que estive com ela, percebi que tenho uma tarefa árdua pela frente. Não é porque estou longe, e o tribunal designou que outros fariam o meu trabalho, que eu deixo de ser mãe.

Vejamos, então, onde começa a minha tarefa. Em primeiro lugar em não desautorizar aqueles que, no momento, têm a função de a educar, nem criticá-los... ainda que, aqui e ali, haja algumas falhas (e quem não as tem?)

A minha mais velha queixou-se do contrôle que o pai exerce sobre ela, não permitindo que ela esteja com os amigos sem a presença dele (o pai senta-se num outro banco no cinema, ou fica na esplanada da piscina, sempre de olho nela e nos amigos). Eu respondi-lhe que pode ser desagradável, e que o pai não o fará por certo por falta de confiança nela, mas mais por não poder confiar nos amigos. Se os outros pais não fazem o mesmo, isso não significa que esses pais agem bem. Se , um dia, os filhos encaminharem por maus caminhos, eles irão pedir contas aos pais.

É verdade que uma mãe que, como eu, esteja privada de estar sempre com a filha, se sente mais tentada a dar-lhe alguns direitos do que uns quantos deveres. Mas tem que ter presente que, nesse momento, a filha está a testá-la. Mais do que ser uma "mãe cool", eu quero ser Mãe. Não sendo perfeita, devo contudo manter o meu papel de orientadora. E orientar não é permitir.

Evidentemente, a minha filha merece um voto de confiança. Uma prova de que é merecedora. Mas não se lhe pode permitir tudo e mais alguma coisa, como sucede com muitos jovens que andam por aí.

O problema é que os pais negligenciam (por temer que isso aconteça comigo, é que aqui faço esta reflexão) o seu papel de educadores, não impondo limites nem dando o exemplo. Porque quando se diz "vens comer com todos", é preciso que estejam mesmo todos à mesa, ou quando se diz "comes tudo", é preciso que ninguém deixe comida no prato, ou que uns comam o que lhes apetece, à hora que lhes apetece, em vez de comerem com os outros o que foi preparado para todos. O "faz o que eu digo, não faças o que eu faço!" não funciona.

"Ai mãe, pára lá com os sermões!", dizia-me a minha mais velha. Digo-o, porque sou tua mãe, respondi-lhe. É suposto eu agir assim, como mãe. É suposto eu dizer-te estas coisas. Não sou tua amiga, sou tua mãe.

Palavra que, em algumas coisas, a minha filha assusta-me. Acho-a demasiado p'ra frentex, demasiado atrevida, e com um falar que não me agrada. Serão sinais dos tempos modernos, talvez. Ou da adolescência.

A mim só me importa garantir que isto seja apenas uma fase, e que a minha filha siga pela vida com valores seguros que lhe garantam a felicidade. Sem valores, uma pessoa perde-se.

Aconselho-vos a visitar este site:
http://educacao.aaldeia.net/educar-adolescentes/

RECUSO-ME A SER BARRIGA DE ALUGUER!!!!!!!!!!!!!


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