sexta-feira, 29 de abril de 2011

ATÉ QUE O DIVÓRCIO OS SEPARE!

Nos tempos que correm, o divórcio tornou-se uma normalidade. Os "anormais" são aqueles que ficam junto "até que a morte nos separe"!

Talvez me engane, mas estou em crer que a Kate (perdão, Catherine) não conseguirá levar avante o voto de fidelidade que hoje fez ao seu príncipe. Depois do casamento real, é tempo de cair na realidade.

Oxalá me engane...

E o que acontece, se o casamento se desfizer?
Dá os filhos que deu.

É a mulher que dá os filhos ao homem, e não ao contrário. Ora, se Kate se separar de William, os filhos que ela lhe deu ficarão com o pai. Dá-os, literalmente. Definitivamente. Poderá visitá-los e estar com eles, mas não poderá tê-los consigo. Para ela não há outra opção.

Se isso lhe traz algum consolo, para muitas de nós também não. É ver os quantos casos de pais que, por meios nunca dantes utilizados, dê por onde der, conseguem a guarda dos filhos.

Eu aqui não me engano, nem vos quero enganar.
É a mais pura verdade.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

NAZARÉ, O NOSSO PEQUENO PARAÍSO!

Tive umas férias fantásticas com as minhas garotas! Palavra!!!
Ficam aqui os melhores momentos, entre tantos outros que tivemos.


Numa loja da Nazaré, procuro uma toalha de praia para cada uma delas.
-Olha só esta -digo eu à minha mais velha- parece bem bonita!
Desdobro-a para a apreciarmos... e dou de caras com o desenho de uma mulher nua!!! Bleeeeeee!!!!!
Bem, só vos digo que a miúda e eu desatamos logo a rir.


Ligo para o telemóvel da mais velha (que estava com os vizinhos), mas ela não atende.
Depois de tocar umas quantas vezes, ouço um "Chegou à caixa postal de ÃO-ÃO ÃO ÃO! MANA, MANA!"
Ao que parece a mais nova havia pegado no telemóvel da irmã e gravado, sabe-se lá como, esta "interessante" mensagem. Só mesmo ela, que gosta de imitar um cão.


Passamos pela casa do Guilherme Azevedo (sim, o vencedor do concurso UMA CANÇÃO PARA TI, que até já tem CD!), e vira-se o Pedro, o neto dos meus "vizinhos":
- O Guilherme está?
- Eu estou [o Pedro confundira-o com o 'pai' dele, isto é, o padrasto].
Vira-se a minha mais velha, toda "descarada", como ela própria diz:
- Olha lá, lembras-te de mim?
- Lembro. Estiveste lá no Centro Comunitário.
- Queria falar contigo. Podes vir cá baixo?
- Eu já desço.
A minha mais velha não queria nada de mais. Apenas saber se iria haver um novo concurso, porque ela gostaria de participar. Ao que parece não irá haver, o que é pena. Mas haverá outros:)


Houve lá um campeonato de basquetebol, e a mais velha foi lá assistir com os vizinhos. Eu ia para casa com a mais nova, e atrás de nós vinham umas jogadoras (que eram estrangeiras) a cantar alto. A mais nova acenou-lhes, e confundiu uma delas com a irmã. Pôs-se, então, a chamá-la.
- Mana, mana!
E elas, sem perceberem nada, acenaram a gritar.

(a mim também me aconteceu uma cena semelhante, numa altura em que eu a queria chamar, lá na praia. Evidentemente, disfarcei)


A vir na urbana, pergunta a mais nova à irmã em francês:
- O que é que o Pai Natal te deu?
- Nada.
- E à tua mãe?

(Por mais que nós lhe expliquemos que eu sou a mãe das duas, na cabecinha dela a lógica é que se a irmã dela se vem embora para a casa dela, onde mora o pai, há-de lá ter a sua mãe também). É o que dá as irmãs viverem separadas. Mas nem a distância impede que se tornem unidas, como elas o são!


À vinda para cima, ouvimos qualquer coisa como isto:
- O autocarro com a destino a PRRRRR e ligação a PRRRR encontra-se na pista PRRRRR.

(Isto animou a mais velha, que vinha muito chorosa. Chorou também quando entrou na casa onde eu antes morava, e onde ela passava as férias. Já diz que irá morar para onde eu esteja, mas que der por onde der irá morar na Nazaré).


Diz a mais nova para a mais velha:
- Mana, não consigo dizer "Os coelhos mineiros".
- Mas tu acabas de dizer!
- Mas eu não consigo.
- Ora diz lá outra vez.
- Os coelhos mineiros. Vês, não consigo.


Se me lembrar de mais, volto cá para vos contar.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

SENHOR, AFASTA DE NÓS ESSE CÁLICE!

Se Jesus Cristo aceitou o seu sofrimento por todos nós, isso não significa que todo e qualquer sofrimento é aceitável.

Quando vejo alguns homens flagelar-se e serem pregados na cruz, tal como o foi Jesus Cristo, pergunto-me se é de facto isso que Deus quer.

Não quererá ele somente que vivamos em paz uns com os outros, e que nos amemos e respeitemos como Ele o fez connosco?

Quando eu era ainda miúda e vivia ainda no colégio, queria (eu e outras miúdas) fazer jejum nesta época, porque achava que assim era devido, mas a irmã não nos permitia. Esse sacrifício não nos era exigido, tanto mais que estávamos em período de crescimento, acrescido das exigências escolares.

Não, nada de jejum. Mas podìamos abstermo-nos de comer doces, de ver um programna que quisessemos tanto, ou coisas assim. Podíamos, e devíamos.

Sobretudo, a ideia era que fizessemos uma introspecção, e tentassemos corrigir aquilo que encontrassemos de mal em nós, de forma a nos tornarmos pessoas melhores.

Jesus Cristo nunca fez exigências. Sempre pediu que amassemos o próximo como a nós próprios.

Ele tinha um amor muito especial pelos mais pequeninos. "Deixai vir a mim as criancinhas", assim o disse.

Nunca, em tempo algum, Ele faria as exigências que hoje se fazem, em nome delas. Ele sim, teria sempre como princípio o Superior Interesse da Criança, em nada equiparável ao que é representado nas leis e ostentado pelos tribunais.

Há sacrifícios e sacrifícios.
Não se pede que os nossos filhos sejam os sacrificados.


NOTA:
Lembro que tenho petições nesta página, à vossa direita.
Em nome das nossas crianças.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

ENCORE UN MEURTRE DANS LE CADRE DE LA VIOLENCE DOMESTIQUE!

http://www.la-croix.com/afp.static/pages/110406170227.6ep29zsn.htm

ATTENTION:
Est-ce que celà ne nous aprend rien?
Va-t-on continuer à exiger l'obligation de rester sur place à un parent qui se sent toujours menacé, tenant compte que dans un bon nombre de cas on ne le croit pas?

quarta-feira, 6 de abril de 2011

AS PEDICULOSES DA FILHOTA... E AS DOS JUÍZES!

A minha filhota avisou-me ontem que teve um valente contágio de piolhos, que ainda os tem, e que terá de fazer o tratamento pelo menos mais uma vez.

Parece praga: quando a vou buscar de férias, ela vem carregada de piolhos!
Se o problema fosse esse...

A gente sabe que estas coisas acontecem, sobretudo em determinados meios, e mais frequentemente com meninas (se bem que mais frequentemente com crianças do que com adolescentes, sendo que nunca ela comigo teve assim tantos piolhos e tantas lêndeas).

O problema é que das outras vezes (foram pelo menos umas quatro em que eu a apanhei assim) nem se dignaram avisar-me, e eu e a irmã acabamos ambas infectadas. Tivemos que fazer as três um tratamento valente. Se me tivessem avisado, não teríamos chegado a tal ponto.

Problema maior é quando nos querem fazer crer que o contágio veio de nós, quando é o contrário. Pelo menos uma vez o fizeram.

Pelo menos desta vez vou bem avisada. Não por eles, mas pela miúda.
Aparentemente eles não queriam que ela me dissesse logo ali, ao telefone.
Se me contavam dizer.

Eu e a mais nova vamos fazer um tratamento de prevenção.
Esperando que resulte...



Eu sei o quanto pode ser difícil e constrangedora uma situação destas. Ninguém quer admitir que a sua filha/o seu filho (ou a criança que tem a cargo, como é o caso) tem piolhos, pois isso gera, regra geral, um mau julgamento da parte das pessoas. Muito provavelmente um juíz de família teria este dado em conta, nos casos em que se discute a quem deverá caber a guarda da criança e do adolescente.

Isso para mim conta pouco. Simplesmente porque, acontecendo quando ela está comigo, eu também não gostaria que me acusassem de não saber cuidar dela, e que usassem isso contra mim em tribunal. Tenho por princípio que não devo fazer aos outros aquilo que não gostaria que me fizessem a mim e levo-o à letra, mesmo quando mo fazem.

Só peço honestidade, nada mais. Que façam o seu melhor, que me avisem e que, sobretudo, assumam. Para um juíz isto deve -ou devia- interessar bem mais do que os frequentes contágios a que a miúda se encontra sujeita (há que redobrar os cuidados, ao que parece).

Mas não tanto quanto a palavra dos verdadeiros interessados, os nossos filhos. A sua Vontade expressa.

É aí que o tratamento se faz urgente. Que os juízes ouçam as nossas crianças, e deixem de lado essa história de "quem oferecer as melhores condições" e de manter a toda a força a ligação da criança ao local onde vive, à escola que frequenta e aos amigos que tem.

"Os meus amigos, eu não os perco!", assim o disse a minha filha quando tinha 10 anos (ela já vai a caminho dos 14). "Eu gosto de todos, mas quero ficar com a minha mãe!"

Esta é que é a verdadeira praga. Os juízes que julgam agir no interesse dos menores, e ignoram aquilo que estes dizem. Desde quando querer ficar com a mãe "é um capricho"?

Uma verdadeira praga, digo-vos eu.
Nem sei que tratamento há para isto.

Sei apenas que é urgente eliminar este modo de pensar e de agir que afecta, em muitos casos de forma dramática, as nossas crianças.




ASSINA:

http://www.lapetition.be/en-ligne/non-limposition-de-la-rsidence-alterne-par-dfaut--4045.html

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2009N575

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N1902

terça-feira, 5 de abril de 2011

UNE MÈRE EST CONDAMNÉE PARCE QUE SES ENFANTS NE VEULENT PAS VOIR LEUR PÈRE!

http://www.lepoint.fr/chroniques-ete-carnets-justice/ce-n-est-pas-en-envoyant-leur-mere-en-prison-qu-on-fera-comprendre-aux-enfants-qu-ils-doivent-voir-leur-pere-04-04-2011-1314806_195.php

Alors, la loi dit qu'ils doivent le voir, qu'ils le veulent ou pas. Et s'ils ne veulent pas, c'est surement la faute de leur mère. Donc, on la met en prison.

Et quand le père ne veut pas voir ses enfants, la Justice ne peut pas l'obliger. S'il ne veut pas les voir, c'est encore la faute de Madame.

Toujours les dérapages de la Justice (et aussi de la politique, avec ses lois incongruentes).

On aura encore d'autres cas.
Encore et encore.

domingo, 3 de abril de 2011

CHEIRAS A MÃE!

Quando me levaram a minha menina (na altura pouco mais velha do que a minha mais nova), não tardou para que me viessem pedir o rádio que eu lhe dera e outros quantos brinquedos, também dados por mim. Era a minha filha que os pedia, assim mo disseram na altura.

E eu entregava-os, com um peso no coração. Sentia que me levavam tudo: a minha menina, e tudo o que me ligasse a ela. Sentia que me tiravam a esperança de a ter de novo comigo, muito em breve.

E a minha filha, que parecia querer os brinquedos, mais do que a mim...

Mas agora, com a distância que o tempo impôs, percebo que, afinal, a minha filha exigia aquilo que a ligava a mim. Eu não sei o quanto ela chorou, o quanto ela perguntou e o quanto pediu para voltar para mim. Era uma criança, e eu só a via repetir aquilo que ela ouvia, quando eu tentava repôr um pouco de verdade na história.

Eu sofria muito quando me vinham bater à porta a pedir isto ou aquilo (levaram quase tudo, só restando as fotos), e provavelmente do outro lado a minha menina também sofria, pedindo aquilo que a ligava a mim, já que não a deixavam voltar para casa.

Quando, muito mais tarde, pude privar com ela, sem os olhos e os ouvidos deles atentos ao que eu lhe dizia ou ao que eu fazia, é que eu finalmente me pude fazer entender. Eu não odiava ninguém, disse-lho eu e continuo a dizê-lo. Mas, sim, eles agiram mal. Muito mal. Não só para comigo, mas também para com ela. E fiquei por ali.

Se ela não o entende ainda na sua totalidade, estou certa que com o tempo o entenderá melhor.

O que me fez ver que, afinal, ela nunca me esqueceu (ela chegou a dizer-me "Mãe, eu sempre quis ficar contigo!"), foi as vezes em que me dizia que ainda sentia o meu cheiro, que eu havia esquecido na casa deles uma fita de cabelo e que ela reconhecia lá o meu cheiro. Quando me abraça, ela ainda me diz, com um sorriso, "Cheiras a mãe!"

Doeu-me tanto na altura tirarem-me a menina e as coisas delas. Mas com o tempo eu percebo que, no fim de contas, não me tiraram nada: a minha menina sempre pensou em mim, sempre desejou estar comigo. Sempre me amou, e ainda me ama.

Que bem isto faz ao coração de uma mãe que tanto sofreu, e ainda sofre!

sábado, 2 de abril de 2011

DEFENDERIEIS O VOSSO GENRO COMO DEFENDEIS O VOSSO FILHO?

Imaginando que terieis um filho cuja ex iria mudar-se para o local onde se encontrasse o seu novo companheiro, e uma filha cujo ex exigiria que permanecesse no lugar onde estivesse (ao invés de seguir o seu novo companheiro), qual seria a vossa posição, enquanto mãe?

Uma boa questão, tendo em conta que, na generalidade dos casos, é a mulher quem segue o homem, e também é ela quem, regra geral, abdica da carreira em prol da família e dos filhos...

Aguardo as vossas respostas.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

ESTARARÃO TODOS OS HOMENS DISPOSTOS A ABDICAR DOS SEUS HÁBITOS, EM NOME DA GUARDA COMPARTILHADA OBRIGATÓRIA?

Tem-se por princípio que mãe e pai exercem a guarda conjunta ou compartilhada durante a união, e que tal perdura após a separação, salvo casos excepcionais.

Tem-se por princípio que pai e mãe exercem, NA PRÁTICA, conjuntamente e em igualdade, tudo o que define este modo de guarda dito natural (será mesmo?).
Em teoria o princípio permanece inalterável, na prática -que é bem outra- também.

Regra geral, é a mulher quem dispensa os cuidados (senão todos, como no meu caso), e é ela quem toma a maioria das decisões, particularmente no que concerne a escola (como sucede no meu caso, pois que sou sempre eu quem leva a mais nova à escola e quem a vai buscar).

Tem-se por princípio que após a separação ambos os pais são igualmente responsáveis, com direitos e deveres iguais.

Ora tomando em conta que, regra geral, só um dos pais detém a guarda física -o justo é que seja aquele que, NA PRÁTICA, se ocupou dos filhos- sendo logicamente ele quem dispensa todos os cuidados à(s) criança(s), parece-me que será principalmente esse pai quem deverá tomar as decisões, sendo que o outro terá direito a ser consultado e/ou informado.

Só no caso da guarda alternada é que será viável (será mesmo?) haver duas pessoas a decidir... Enfim, no que for possível decidir a dois.

É parecer de muitos que este modo de guarda deve passar a ser obrigatório, salvo algumas excepões, tais como os casos de violência ou de abuso sexual comprovados.

Pergunto-me, e pergunto-o também a vós: será que os homens apegados a hábitos e pouco interessados em mudá-los -como o meu que, apesar de tudo, adora a filha- teriam obrigatoriamente de se submeter a este tipo de guarda que em nada lhes convém e que não desejam?

Tanto quanto sei, estes homens (que nem são assim tão poucos, repare-se) não constam das excepções...

RECUSO-ME A SER BARRIGA DE ALUGUER!!!!!!!!!!!!!


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