quarta-feira, 6 de abril de 2011

AS PEDICULOSES DA FILHOTA... E AS DOS JUÍZES!

A minha filhota avisou-me ontem que teve um valente contágio de piolhos, que ainda os tem, e que terá de fazer o tratamento pelo menos mais uma vez.

Parece praga: quando a vou buscar de férias, ela vem carregada de piolhos!
Se o problema fosse esse...

A gente sabe que estas coisas acontecem, sobretudo em determinados meios, e mais frequentemente com meninas (se bem que mais frequentemente com crianças do que com adolescentes, sendo que nunca ela comigo teve assim tantos piolhos e tantas lêndeas).

O problema é que das outras vezes (foram pelo menos umas quatro em que eu a apanhei assim) nem se dignaram avisar-me, e eu e a irmã acabamos ambas infectadas. Tivemos que fazer as três um tratamento valente. Se me tivessem avisado, não teríamos chegado a tal ponto.

Problema maior é quando nos querem fazer crer que o contágio veio de nós, quando é o contrário. Pelo menos uma vez o fizeram.

Pelo menos desta vez vou bem avisada. Não por eles, mas pela miúda.
Aparentemente eles não queriam que ela me dissesse logo ali, ao telefone.
Se me contavam dizer.

Eu e a mais nova vamos fazer um tratamento de prevenção.
Esperando que resulte...



Eu sei o quanto pode ser difícil e constrangedora uma situação destas. Ninguém quer admitir que a sua filha/o seu filho (ou a criança que tem a cargo, como é o caso) tem piolhos, pois isso gera, regra geral, um mau julgamento da parte das pessoas. Muito provavelmente um juíz de família teria este dado em conta, nos casos em que se discute a quem deverá caber a guarda da criança e do adolescente.

Isso para mim conta pouco. Simplesmente porque, acontecendo quando ela está comigo, eu também não gostaria que me acusassem de não saber cuidar dela, e que usassem isso contra mim em tribunal. Tenho por princípio que não devo fazer aos outros aquilo que não gostaria que me fizessem a mim e levo-o à letra, mesmo quando mo fazem.

Só peço honestidade, nada mais. Que façam o seu melhor, que me avisem e que, sobretudo, assumam. Para um juíz isto deve -ou devia- interessar bem mais do que os frequentes contágios a que a miúda se encontra sujeita (há que redobrar os cuidados, ao que parece).

Mas não tanto quanto a palavra dos verdadeiros interessados, os nossos filhos. A sua Vontade expressa.

É aí que o tratamento se faz urgente. Que os juízes ouçam as nossas crianças, e deixem de lado essa história de "quem oferecer as melhores condições" e de manter a toda a força a ligação da criança ao local onde vive, à escola que frequenta e aos amigos que tem.

"Os meus amigos, eu não os perco!", assim o disse a minha filha quando tinha 10 anos (ela já vai a caminho dos 14). "Eu gosto de todos, mas quero ficar com a minha mãe!"

Esta é que é a verdadeira praga. Os juízes que julgam agir no interesse dos menores, e ignoram aquilo que estes dizem. Desde quando querer ficar com a mãe "é um capricho"?

Uma verdadeira praga, digo-vos eu.
Nem sei que tratamento há para isto.

Sei apenas que é urgente eliminar este modo de pensar e de agir que afecta, em muitos casos de forma dramática, as nossas crianças.




ASSINA:

http://www.lapetition.be/en-ligne/non-limposition-de-la-rsidence-alterne-par-dfaut--4045.html

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2009N575

http://www.peticaopublica.com/?pi=P2010N1902

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RECUSO-ME A SER BARRIGA DE ALUGUER!!!!!!!!!!!!!


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