domingo, 10 de julho de 2011

O DILEMA DE QUEM TEM IRMÃOS (E DE QUEM NÃO OS TEM...)





Tem-se por regra que os irmãos mais velhos são mais responsáveis, os do meio os mais esquecidos, e os mais novos os mais rebeldes.



Para dizer a verdade, nem sei bem em qual deles me situo. Sendo a terceira de 7 filhos, creio que me situo mais ou menos a meio, tanto mais que dos 3 sobreviventes, eu sou realmente a do meio. Mas, como cedo fui retirada de casa e posta num colégio, acabei por ser, devido à minha tenra idade, uma das mais novas. Entretanto, por uma razão qualquer, tive de acompanhar a religiosa principal -que veio a tornar-se minha madrinha do crisma, daí eu chamá-la de madrinha, ainda que a tenha mais como mãe substituta-, de modo que me vim a encontrar na posição de filha única. Só mais tarde voltei ao mesmo colégio interno, voltando a uma posição de filha do meio. Mais tarde, tendo outras raparigas mais velhas saído, acabei por ser eu uma das mais velhas, com as responsabilidades que me eram inerentes, tanto mais que havia muitas crianças no colégio e nós, as mais velhas, tinhamos de ajudar. Além disso, eu era a mais adiantada nos estudos, sendo -ao que me disseram- a primeira a concluir os estudos universitários.



Eis o meu dilema: serei eu a responsável, a esquecida ou a rebelde?
Ou serei um misto das três?



Quanto ao meu ex-companheiro, ele é o filho do meio. Não sei se ele se tem por esquecido, mas sei que ele traz uns quantos traumas do passado, que não me cabe a mim referir, muitos menos num espaço público. Sei que os tem, porque ele mos contou. Mas a sua irmã mais velha, a tia solteira e sem filhos que detém a guarda da minha filha, também os tem. Responsabilidades a mais? Ou talvez um ciúme mal gerido dos irmãos mais novos ...



Quanto ao meu actual companheiro, ele é o mais novo de 11 irmãos. Porventura o mais mimado e o mais rebelde. Não que ele não saiba ter responsabilidades, ao contrário. Mas rejeita outras. Dir-se-ia que quer ser o eterno filho...



E o que dizer das minhas duas filhas? Sendo duas, logicamante que uma é a mais velha e a outra a benjamim. E ainda que uma se mostra super-protectora com a outra, enquanto a mais nova nutre uma admiração especial pela mais velha, o facto é que, vivendo separadas uma da outra (também eu vivi separada dos meus irmãos), ambas vivem como filhas únicas. É quase como ser orfã de irmã viva...



O que eu ainda aqui não vos contei é que, regra geral, sou eu a ponte de ligação entre os meus dois irmãos. Aqueles com quem eu não vivi, e que, vivendo ambos tão próximos um do outro (uma na zona de Lisboa, outro na zona de Tomar; já eu vivo fora do país), são capazes de estar longo tempo sem saber um do outro. Quem diria que viveram juntos? Talvez a mais velha ainda sofra, pois foi ela quem mais suportou... Talvez o mais novo sofra também, pelo que viveu desde tão tenra idade ...

RECUSO-ME A SER BARRIGA DE ALUGUER!!!!!!!!!!!!!


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