Pois é, a minha filha mais velha vai fazer 14 anos, já no próximo mês.
E, nos poucos dias em que estive com ela, percebi que tenho uma tarefa árdua pela frente. Não é porque estou longe, e o tribunal designou que outros fariam o meu trabalho, que eu deixo de ser mãe.
Vejamos, então, onde começa a minha tarefa. Em primeiro lugar em não desautorizar aqueles que, no momento, têm a função de a educar, nem criticá-los... ainda que, aqui e ali, haja algumas falhas (e quem não as tem?)
A minha mais velha queixou-se do contrôle que o pai exerce sobre ela, não permitindo que ela esteja com os amigos sem a presença dele (o pai senta-se num outro banco no cinema, ou fica na esplanada da piscina, sempre de olho nela e nos amigos). Eu respondi-lhe que pode ser desagradável, e que o pai não o fará por certo por falta de confiança nela, mas mais por não poder confiar nos amigos. Se os outros pais não fazem o mesmo, isso não significa que esses pais agem bem. Se , um dia, os filhos encaminharem por maus caminhos, eles irão pedir contas aos pais.
É verdade que uma mãe que, como eu, esteja privada de estar sempre com a filha, se sente mais tentada a dar-lhe alguns direitos do que uns quantos deveres. Mas tem que ter presente que, nesse momento, a filha está a testá-la. Mais do que ser uma "mãe cool", eu quero ser Mãe. Não sendo perfeita, devo contudo manter o meu papel de orientadora. E orientar não é permitir.
Evidentemente, a minha filha merece um voto de confiança. Uma prova de que é merecedora. Mas não se lhe pode permitir tudo e mais alguma coisa, como sucede com muitos jovens que andam por aí.
O problema é que os pais negligenciam (por temer que isso aconteça comigo, é que aqui faço esta reflexão) o seu papel de educadores, não impondo limites nem dando o exemplo. Porque quando se diz "vens comer com todos", é preciso que estejam mesmo todos à mesa, ou quando se diz "comes tudo", é preciso que ninguém deixe comida no prato, ou que uns comam o que lhes apetece, à hora que lhes apetece, em vez de comerem com os outros o que foi preparado para todos. O "faz o que eu digo, não faças o que eu faço!" não funciona.
"Ai mãe, pára lá com os sermões!", dizia-me a minha mais velha. Digo-o, porque sou tua mãe, respondi-lhe. É suposto eu agir assim, como mãe. É suposto eu dizer-te estas coisas. Não sou tua amiga, sou tua mãe.
Palavra que, em algumas coisas, a minha filha assusta-me. Acho-a demasiado p'ra frentex, demasiado atrevida, e com um falar que não me agrada. Serão sinais dos tempos modernos, talvez. Ou da adolescência.
A mim só me importa garantir que isto seja apenas uma fase, e que a minha filha siga pela vida com valores seguros que lhe garantam a felicidade. Sem valores, uma pessoa perde-se.
Aconselho-vos a visitar este site:
http://educacao.aaldeia.net/educar-adolescentes/
VAS-Y, ACCOUCHE! tem em si um duplo sentido: "accoucher" (parir, dar à luz) e "accoucher" (desembucha, fala).O Homem, quer ele queira quer não, é um animal como os outros, uma criatura da Natureza. Deve melhorar -pois que tem a faculdade de o fazer- a sua natureza, sem pôr em causa a natureza das coisas. Sou pelos valores da Monarquia, pelo Parto Activo e pela Amamentação. Em nome dos nossos filhos.
Petições e sondagens na margem direita
quarta-feira, 4 de maio de 2011
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RECUSO-ME A SER BARRIGA DE ALUGUER!!!!!!!!!!!!!
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