terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

O NOVO PAI: UM PAPEL NATURAL, OU CULTURAL?

Dizem os homens - e acreditam mesmo- que uma mãe só tem vantagem sobre o pai durante o período da gravidez e o período da amamentação (muitos preferem substituir este último período pelo biberão, de forma a encurtar essa vantagem). A partir daí, dizem eles, ambos estão em igualdade.

Santa ignorância!


Nos últimos tempos tem-se questionado o papel da mãe.
Muitos são os que acreditam que não existe nenhum instinto maternal, tão pouco existe um vínculo inicial.

Então, e o novo pai?
Será ele um produto 100& natural, ou imposto pela nova ordem social?

Não é difícil saber a resposta: basta olhar para as restantes espécies (deixem os peixinhos e as aves em paz, sim?), para perceber qual dos nossos comportamentos é natural, e qual o que é artificial.

Machos e fêmeas têm um comportamento diferente.
Sobretudo em relação às crias que se encontram, maioritariamente, aos cuidados da progenitora.

Na natureza, persiste a ordem natural.
E connosco, como é que se passa?


Num dos meus últimos posts, percebemos que a maioria dos homens acompanha a mulher durante a gravidez e o trabalho de parto não por uma vontade vinda deles próprios, mas mais porque a própria mulher lhes pediu (ou exigiu!) e a sociedade -equipa médica, família e outros quantos- lhes cobra esse comportamento.

Ora eu pergunto: será natural, tanto mais que a mulher, à semelhança do que acontece nas demais espécies que nos são semelhantes, prefere dar à luz num meio isolado, no qual ela terá um total contrôle?

E depois dizem que a criança nasceu de parto normal, quando o parto nada teve de normal!!! E quem fala no parto, fala no resto...

Diz-se, por aí, que as mulheres, enquanto mães, carregam uma herança cultural, que ainda persiste e que as penaliza.

A crer no que dizem, nada nelas é natural.
Forçosamente terão de adoptar um outro comportamento.

Uma mulher que se desprenda do seu filho (quanto mais cedo melhor!) é considerada uma mulher amadurecida, moderna, dos nossos dias.

Pelo contrário, pede-se ao pai moderno que se prenda mais.
A cultura do novo pai ganha uma falsa naturalidade.

A questão que se impõe é:

Até onde podemos nós alterar a nossa natureza?
E que consequências isso nos traz?


Principalmente importa perceber até que ponto os nossos filhos suportam o papel da mãe desprendida, e do pai que lhe toma o lugar.
Será que outras crias, habituadas a uma outra ordem natural, o suportariam?





"De plus en plus souvent, l’implication est tellement forte que dès la naissance du premier enfant, le père referme la porte de sa jeunesse, tous les espaces "masculins" qu'il avait réussi à préserver même pendant sa vie de couple, disparaissent... l'homme impliqué dans la vie au quotidien avec bébé, n'a plus le temps de voir ses copains, de pratiquer un sport, d'assouvir sa passion.
Et beaucoup d'hommes en souffrent en secret.
La conséquence se traduit en chiffres par une augmentation des séparations des couples peu après la naissance du premier enfant.
Il est ainsi capital que l’homme tout en s’investissant dans son rôle de père, parvienne à conserver son identité propre, ses loisirs… un homme ne peut sur le long terme aller contre sa nature, s'il a besoin de s'évader un peu de temps à autres, la venue d'un enfant ne doit pas mettre définitivement un terme à cela.(...)"

(ver o meu post SÍNDROME DE COUVADE)


LEITURA ACONSELHADA:

« Mise en garde contre la systématisation du « faire » », Spirale 4/2006 (no 40), p. 117-120.

1 comentário:

  1. COMENTÁRIO QUE EU FIZ A UM POST -SOBRE A ALIENAÇÃO PARENTAL- NUM DOS BLOGS QUE EU ACOMPANHO:

    Cabe aqui lembrar:

    1º A expressão ALIENAÇÃO PARENTAL, e a SÍNDROME dela derivada, foi uma invenção de Richard Gardner, que, na sua época, acusava as mães a torto e a direito, e defendia a pedofilia (daí ter defendido uns quantos pais, isto é, homens);

    2º Tem havido umas quantas falsas acusações, regra geral contra as mães;

    3º As medidas preventivas, tanto quanto temos percebido, passam pela mudança da guarda e pela prisão do alienador. Lembro que, regra geral, trata-se de falsas acusações, e que, regra geral, falamos de mães.

    Que conclusões tiramos, então

    ResponderEliminar

RECUSO-ME A SER BARRIGA DE ALUGUER!!!!!!!!!!!!!


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