quarta-feira, 4 de agosto de 2010

RESPOSTA AO AUTOR DO BLOG "FILHO PARA SEMPRE!"

Sérgio, podia ter-me respondido no local dos comentários.
Mas pronto...

Se um filho é, como diz, tanto do pai como da mãe, porque é que nas outras espécies da classe dos mamíferos -por favor, não nos comparem às aves nem a peixes, pois, tanto quanto me lembro, eu não pus nem choquei ovo algum- não é assim?!
Porque é que ainda são as fêmeas que cuidam das crias?
Que têm elas mais do que nós, as mães humanas?

Respeito a sua posição, tal como certamente o Sérgio respeitará a minha:

Em primeiro lugar, que seja feita a vontade da criança. Uma boa mãe, por amor a um filho, saberá entregá-lo ao pai, se for da vontade deste (da vontade do filho, claro, não do pai).
Quero acreditar -ou assim o espero, pois tal ainda não aconteceu comigo- que um pai fará o mesmo!

Em segundo, se nada houver contra a mãe, prevalece -de acordo com as leis da natureza ainda vigentes e bem presentes em nós-próprios, quer assim o queirais ou não- a mãe!

De resto, quanto ao seu caso, ninguém melhor que o G. para vos julgar, a si e à mãe. Tal como a minha filha mais velha o fará com quem quer que seja que tenha procedido mal. Até porque se há algo que eu faça de incorrecto, ela diz-me logo.


Há que pôr a mão na conciência, e ver se é apenas o outro quem tem agido mal. Eu não o estou a criticar, nem à mãe. Como disse, apenas sei aquilo que me diz o Sérgio, nada mais.

Nada obriga a que os outros acreditem no que lhes conto.
Mas, repare, eu também aponto os meus aspectos negativos.
Também errei.
Mas soube voltar à estaca zero, assim que me libertei definitivamente do contrôle do meu ex.
Não sendo má pessoa, que não é, não era a pessoa certa para mim. Nem eu para ele, pois não o soube afastar do vício que ele adquirira na juventude (falo, claro, da droga).

O meu maior erro, digo-lho agora, for ter tomado uma decisão favorável ao pai, a de permanecer perto dele, depois da nossa separação, para lhe permitir o convívio com a filha, tempo em que, afinal, ele aproveitava para me pedir, uma vez mais, dinheiro emprestado.
Uma decisão que, evidentemente, me prejudicou a mim e à minha filha.


Não me arrependo de a ter tomado, pois fi-lo num acto altruísta. Como muitas mães o fazem, aliás, ao contrário do que dizem por aí. Mas, se voltasse atrás, agiria de outra forma, garantindo ao pai e à menina, pelos meios que me fossem possíveis, o convívio.

Na altura, ao cabo de dois anos de sacrifício, resolvi partir.
Pelo meu bem, e pelo bem da minha filha.
Aparentemente, eu não tinha o direito de me restaurar física e psicologicamente, de agir no meu interesse, em benefício da minha filha, que tinha todo o interesse em ver a mãe bem.

Castigaram-nos, às duas.
Separaram-nos, para que não nos fosse possível "fugir".

O pai passou a ter direito à filha, e, sem qualquer pudor, sabendo-me ali perto -não suportando a separação, vim atrás da minha filha, sendo obrigada a viver num lugar que me deprimia- continuou a pedir-me dinheiro. Arrastou-me, de novo, com ele.

Mas hoje, meu caro amigo, estou definitivamente livre dele, e de tudo quanto prejudicou a minha vida. Voltei a ser a pessoa que eu era, antes de o conhecer.Venci.




E aqui fica a resposta ao comentário da Ana, num dos seus tópicos. Espero que o autor a aceite. Normalmente ele coloca todas as respostas, embora ainda não tenha aceite -coisa que achei estranha- um comentário que eu fiz anteriormente. Ressalvo que eu nunca falto ao respeito a ninguém, simplesmente digo o que penso.Falar não ofende, julgo eu.

Ei-lo, então:

"Eu jamais falei de privar um filho do contacto com o pai!!!
O que eu digo sempre é que não se deve separar um filho da mãe, sem justa causa!

A ver se nos entendemos de uma vez por todas: quando comparo a espécie humana a outras que, como a nossa, carregam o filho no ventre e o amamentam, falo do papel da mãe, que se diferencia em tudo do do pai.
Aconselho -para quem souber francês- a leitura de uma carta de Daniel Pendanx, em resposta à carta que lhe fora enviada por um pai.

E tem TODA a razão quando diz que, ao contrário dos outros mamíferos, os humanos estabelecem laços, o que faz com que a fusão mãe-filho, que se inicia na gravidez, seja bem maior entre os humanos do que nas outras espécies."


ESTE POST FOI REESCRITO HOJE, DIA 28 DE OUTUBRO DE 2010. APENAS FOI MELHORADO, CONSERVANDO O SENTIDO ORIGINAL.
FORAM ACRESCENTADOS ALGUNS FACTOS, COM VISTA A UM MELHOR ENTENDIMENTO DO QUE DISSE, ENTÃO, E DO QUE MANTENHO AINDA.

3 comentários:

  1. Hoje, dia 20 de Outubro de 2010, publiquei este comentárioao post de 27 de Setembro, que, se o autor for correcto como tem sido, irá muito brevemente ser visível a todos:


    Continuo a dizer: uma boa mãe não trata o pai como se ele não existisse; e um pai nunca arranca um filho dos braços da mãe, sem mais nem quê, só para servir os seus interesses, por se achar no direito.

    Um bem haja a todas as boas mães e a todos os bons pais que há (ainda) por aí!

    Visitem os meus blogs:

    -FRUTO DO MEU VENTRE, AMOR DA MINHA VIDA;
    -CARPE DIEM;
    -DEUS QUER, O HOMEM SONHA, A OBRA NASCE

    Porque também existe o outro lado, aquele que muitos querem ignorar.

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  2. 23 de Outubro de 2010

    Entãp e o meu comentário? Não devia aparecer antes do comentário da Paula, que cá não estava na altura?

    (É que o comentário da Paula data do dia 21, só por isso...)

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  3. Já lá voltei, e não, não está.

    Porventura, porque eu falava do meu blog, e não lhe interessa que cá venham.

    Medo que talvez os seus apoiantes percebam o outro lado da questão, e mudem de posição. Não vejo possibilidades disso acontecer, embora alguns dos meus textos possam fazê-los pensar um pouco.


    Lamento a sua situação, S.
    Mas, acredite, uma mãe sofre a triplicar aquilo que sofre um pai.
    A dor sai-lhes das entranhas!

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RECUSO-ME A SER BARRIGA DE ALUGUER!!!!!!!!!!!!!


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